Foi-se o tempo em que ter um plano de saúde era sinal de garantia de leito, internação, atendimento rápido e de qualidade. A aposentada Tereza Pereira, 83 anos, minha avó, apresentou quadro de pedra na vesícula e pancreatite, diagnosticado no Hospital Centro Médico, em São Luís, na madrugada desta quarta-feira (30), onde foi atendida inicialmente. Mas, surpreendentemente, o médico disse que a família teria que levá-la para internação urgente e cirurgia em outro local, porque no hospital, que é particular e atende pelo plano Geap, não havia leito disponível nem na enfermaria e nem em apartamento.
Minha família teve que levar a minha avó para o Hospital Português, onde está internada na enfermaria e ainda aguardando por uma cirurgia. Hospital, diga-se com muito menos estrutura que o Centro Médico, onde também não há leito disponível em apartamento, um direito reservado a Tereza Pereira de acordo com a opção feita no plano de saúde.
Um quadro de pedra na vesícula e pancreatite para uma idosa de 83 anos significa um estado delicado para cirurgia. Então, como é que o hospital, no caso o Centro Médico, faz o primeiro atendimento de emergência, o diagnóstico e, na hora mais importante, despacha-a para que a família providencie uma internação urgente em outro hospital para uma idosa nestas condições? São coisas absurdas que, infelizmente, vêm acontecendo com a rede particular de saúde em São Luís. Situações que ferem os direitos do idoso.
A pessoa paga caríssimo pelos planos de saúde e, quando mais precisa, é rejeitada nos hospitais particulares por falta de leitos e de estrutura. Necessita ter “QI” para encontrar um leito ou um atendimento melhor mesmo pagando. A que ponto chegamos!
Superlotados
Os hospitais particulares de São Luís estão quase tão superlotados quanto os socorrões. A situação não é muito diferente de outros centros grandes, como o UDI e o São Domingos. Hoje, esses usuários de planos de saúde, muitas das vezes, estão preferindo, de acordo com o caso, dirigir-se a uma UPA que aqui são bem geridas pelo reconhecido trabalho que faz o secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad.
Há casos de hospitais de emergência, como o Ibirapuera, no Cohatrac, que nem deveriam estar funcionando mais de tão precários. A estrutura é mínima e caótica.
A verdade é que a rede particular de saúde de São Luís está, cada vez mais, pior e deficiente com hospitais superlotados por uma demanda que resolveu fazer um plano de saúde com medo de ir para a rede pública.
Parece que não há nada que incentive empresários a investirem na construção de mais hospitais privados na capital maranhense que permitam às pessoas, que pagam um plano de saúde, um atendimento de melhor qualidade na capital maranhense.
A QUE PONTO CHEGAMOS! Centro Médico nega internação a idosa em estado delicado por falta de leitos: Depois de… http://t.co/zWKtdklAuG
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Legal.
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