As semelhanças de um esquema criminoso no Maranhão e em Pernambuco…

A segunda fase da Operação cumpriu seis dos sete mandados de prisão preventiva expedidos, além de nove de busca e apreensão. As ações ocorreram em Recife (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE) e São Luís (MA).

A Polícia Federal prendeu, na quinta-feira (08), os empresários pernambucanos investigados por fraude em licitações de obras de reconstrução de cidades atingidas por enchentes em Pernambuco, suspeitos de desviar recursos públicos federais destinados a vítimas da seca no Maranhão. De acordo com os investigadores, o esquema criminoso é semelhante nos dois estados.

Dentre os presos em São Luís estão o ex-comandante dos bombeiros, coronel João Vanderley Costa Pereira, e o tenente Augusto César dos Santos Cutrim, que desempenhava funções administrativas no fechamento dos contratos.

Segundo os delegados responsáveis pela Operação Torrentes 2, a fraude subtraiu dinheiro que deveria ter sido investido na compra de cestas básicas e filtros para a população afetada pela estiagem.

As empresas ligadas ao empresário pernambucano Ricardo José de Padilha participaram da fraude. Apontado pela PF como líder dos dois esquemas – em Pernambuco e no Maranhão, Padilha já estava preso no Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel) desde a primeira etapa da Operação Torrentes, realizada em novembro do ano passado.

Ítalo Henrique Silva Jacques, ligado a Padilha, também se encontra no Cotel. Rafaela Carrazzone da Cruz Gouveia Padilha, mulher do empresário, também foi presa. Ela havia sido detida anteriormente, mas foi liberada mediante fiança. A PF também prendeu o pastor evangélico e advogado Daniel Pereira da Costa Lucas, acusado de ser o lobista do esquema.

A segunda fase da Operação cumpriu seis dos sete mandados de prisão preventiva expedidos, além de nove de busca e apreensão. As ações ocorreram em Recife (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE) e São Luís (MA).

Os presos na Operação Torrentes 2 vão responder por corrupção ativa e passiva. As penas, somadas, podem ultrapassar os 12 anos de reclusão. Os civis detidos em Pernambuco serão encaminhados ao Cotel e à Colônia Penal Feminina.

A Operação Torrentes surgiu a partir de denúncias anônimas envidas à Controladoria Geral da União em Pernambuco, no ano passado. Os contratos investigados totalizam R$ 450 milhões para compra de comida, colchões, filtros de água e lonas de proteção para os desabrigados.

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