Bolsonaro anuncia deputado Luiz Henrique Mandetta como futuro ministro da Saúde

O nome do futuro ministro já vinha sendo especulado para assumir a Saúde há algumas semanas. O próprio presidente eleito chegou a declarar, no último dia 13, que Mandetta era um dos seus interlocutores para a área e que ele poderia ser o seu ministro da Saúde

G1

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta terça-feira (20) o nome do deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) como ministro da Saúde em seu governo. O anúncio foi feito pelo Twitter após encontro de Bolsonaro com representantes das Santas Casas e deputados da Frente Parlamentar da Saúde.

Mandetta será o terceiro ministro do DEM no governo Bolsonaro. Além dele, já foram anunciados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil e Tereza Cristina (DEM-MS) para a Agricultura.

Médico e ex-secretário de Saúde de Campo Grande, Mandetta está no segundo mandato de deputado federal e não disputou as eleições deste ano. O nome do futuro ministro já vinha sendo especulado para assumir a Saúde há algumas semanas. O próprio presidente eleito chegou a declarar, no último dia 13, que Mandetta era um dos seus interlocutores para a área e que ele poderia ser o seu ministro da Saúde.

Mais Médicos

O futuro ministro compartilha com Bolsonaro críticas em relação ao programa Mais Médicos, criado em 2013 durante o governo de Dilma Rousseff. Cuba anunciou a saída do programa na semana passada e, segundo Bolsonaro, o governo do país caribenho não concordou com as condições estabelecidas para a continuidade dos profissionais no Mais Médicos.

Em 2013, durante as discussões para aprovação no Congresso Nacional da medida provisória que criou o programa, Mandetta afirmou que os médicos cubanos eram “lançados como balança comercial” por seu país. Ele ainda criticou o convênio do governo brasileiro com a Organização Pan-americana da Saúde (Opas), que intermediou a contratação dos cubanos, cuja maior parte dos salários fica com o governo de Havana.

“Será que a OPAS se presta à terceirizada da atividade fim, a gato, a navio negreiro no século XXI, simplesmente por causa dos 10% que ela embolsará pela parceria com o governo brasileiro?”, questionou o deputado na ocasião.

Bolsonaro tem repetido que as condições de trabalho dos cubanos no Mais Médico são comparáveis à “escravidão” e criticado o fato dos estrangeiros não ficarem com o salário integral recebido no Brasil.

Perfil

Mandetta nasceu em Campo Grande, município que se tornou a capital do Mato Grosso do Sul, estado criado em 1977. Caçula em uma família com cinco filhos, o futuro ministro seguiu a profissão do pai, o médico Hélio Mandetta. Conforme o site do deputado, ele estudou no Colégio Dom Bosco, em Campo Grande, onde integrou a equipe de natação da escola. Aos 15 anos, fez intercâmbio nos Estados Unidos.

De volta ao Brasil, Mandetta cursou medicina na Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro. Concluiu o curso em 1989 e, junto com a mulher Terezinha, retornou ao Mato Grosso do Sul. Mandetta fez residência em ortopedia na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e ainda cursou uma especialização em ortopedia em Atlanta (EUA).

O site do futuro ministro ainda registra que ele trabalhou como médico em hospitais militares e na Santa Casa de Campo Grande. Em seu estado, Mandetta foi dirigente de plano de saúde e secretário municipal. Ele presidiu a Unimed de Campo Grande entre 2001 e 2004 e, ao encerrar sua gestão, assumiu a secretaria de Saúde de Campo Grande.

O futuro ministro comandou a secretaria de 2005 a 2010, durante a gestão do então prefeito Nelsinho Traud. Mandetta era filiado ao MDB e migrou para o DEM para concorrer a deputado federal em 2010. Foi eleito com 78,7 mil votos e reeleito, quatro anos depois, com 57,3 mil votos.

Neste ano, Mandetta decidiu não disputar um terceiro mandato de deputado federal. Sem concorrer a cargo eleitivo, Mandetta apoiou Bolsonaro durante a eleição presidencial. Após a vitória do candidato do PSL, publicou vídeo no Facebook no qual disse que foi um “alívio” saber que o eleitor “optou pela renovação” e declarou ter a certeza de que Bolsonaro fará um governo “democrático”, com o “poder técnico prevalecendo sobre o poder político”.

Veja abaixo os ministros já anunciados por Bolsonaro:

Onyx Lorenzoni, deputado (Casa Civil);
Paulo Guedes, economista (Economia);
Augusto Heleno, general (Segurança Institucional);
Marcos Pontes, tenente-coronel (Ciência e Tecnologia);
Sérgio Moro, ex-juiz federal (Justiça);
Tereza Cristina, deputada (Agricultura);
Fernando Azevedo e Silva, general (Defesa);
Ernesto Araújo, diplomata (Relações Exteriores);
Wagner Rosário, atual ministro (Controladoria-Geral da União).

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