Caso Mariana – Polícia confirma que jovem foi estuprada e morta por Lucas Porto; Segurança diz que crime está esclarecido

Assassino confesso foi indiciado por homicídio triplamente qualificado. Ele vai responder por três crimes: estupro, homicídio e feminicídio

Cúpula da Segurança deu caso como esclarecido
Cúpula da Segurança deu caso como esclarecido
O exame no corpo de Mariana mostrou que primeiro ela sofreu tentativa de esganadura, depois sufocação.
O exame no corpo de Mariana mostrou que primeiro ela sofreu tentativa de esganadura, depois sufocação.

A cúpula  da Segurança Pública do Estado reuniu a Imprensa, na manhã desta quarta-feira (23), para apresentar o resultado do laudo pericial do assassinato da sobrinha-neta do ex-senador José Sarney, a publicitária Mariana Porto, 33 anos, assassinada no dia 13 de novembro, no próprio apartamento, localizado no Turu. A Polícia diz ter confirmado que foi o empresário Lucas Porto, cunhado da vítima, que a matou por asfixia, cometendo estupro (provado com exame de conjunção carnal), em um  bárbaro crime, caso cruel e escândalo que ganhou repercussão nacional.

O assassino confesso foi indiciado por homicídio triplamente qualificado. Ele vai responder por três crimes: estupro, homicídio e feminicídio. Os laudos periciais confirmaram o estupro. Em relação a isso, a perícia técnica trabalha agora para saber se o sêmen, encontrado no local do crime, é realmente de Lucas Porto.

Segundo o superintendente de Polícia Técnica, Miguel Alves,  o estupro  já está caracterizado pelo ato libidinoso diante da violência sofrida pela vítima. Ele disse que a perícia agora está aprofundando as investigações para confirmar se o sêmen encontrado é de Lucas Porto.

“Ela  (Mariana) teve relação sexual recente e vamos agora individualizar para dizer, de forma categórica ,de quem é o perfil genético encontrado no quarto”, disse Miguel Alves.

O superintendente disse que a vítima se debateu muito, na hora do crime, enquanto estava sendo estuprada, tentando se desvencilhar do criminoso. Isso ficou provado pelas diversas escoriações encontradas no corpo da vítima, nas pernas, nos braços e até na cabeça. As lesões evidenciam tentativa de defesa.

Mariana estava dormindo quando Lucas chegou, diz perito

Segundo o perito Miguel Alves, Mariana estaria dormindo e despida quando o assassino confesso chegou ao local do crime. Ele disse que Lucas Porto tinha informações de como entrar no apartamento da cunhada e sabia que ela estaria sozinha naquele momento.

O perito disse ainda que, após a consumação dos crimes, Lucas Porto modificou o ambiente tentando dar uma aparência de normalidade, por isso gastou tempo arrumando o quarto da vítima para sugerir que teria sido suicídio ou outra coisa que não os crimes cometidos por ele.

Assassino confesso

Na semana passada, Lucas Porto (37) confessou ao Sistema de Segurança Pública do Estado a autoria do assassinato da publicitária Mariana Costa.  O assassino confesso disse que nutria desejo, “paixão incontida” pela jovem e não resistiu ao encontrá-la nua (ela saía do banho nesse momento, quando foi surpreendida pelo cunhado).

Lucas Porto era cunhado da vítima. Segundo o assassino confesso, a motivação teria sido uma “atração muito forte” que ele tinha por Mariana. Contou aos delegados que, ao chegar ao apartamento, encontrou a porta aberta e foi ao quarto, quando surpreendeu a cunhada sem roupa. Diante disso, segundo ele, resolveu consumar seu “desejo sexual”.

O assassino confesso negou que houvesse qualquer tipo de relacionamento amoroso entre ele e a vítima. Disse que o desejo e a paixão eram unilaterais, ou seja, partiam apenas dele.

Pelo relato do assassino, Mariana reagiu ao ato de violência sexual e o agressor a matou por asfixia. Segundo os delegados, em entrevista coletiva, teria havido violência de natureza sexual.

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