Deputado cobra providências do governo Roseana para falta de medicamentos na Farmácia Estadual

Othelino chamou atenção para o drama vivido por pessoas que
 dependem desses medicamentos gratuitos 
O deputado estadual Othelino Neto (PPS) retratou e lamentou, em pronunciamento feito na tribuna da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (26), o drama de milhares de pessoas que estão sofrendo com a falta de remédios gratuitos na Farmácia Estadual de Medicamentos Especializados (Feme), localizada ao lado do Viva Cidadão, na Praia Grande. A denúncia foi publicada em primeira mão por este blog.

A Azatioprina, por exemplo, que trata pacientes de Lúpus, Hepatite, etc, está em falta há mais de 20 dias e o governo do Estado não dá, sequer, informação sobre prazo para o retorno da distribuição. “Um verdadeiro desrespeito a essas pessoas. Um absurdo”, classificou o parlamentar que cobrou providências da Secretaria de Saúde em relação ao problema.

O problema atinge milhares de pessoas que dependem dos remédios no Estado e não têm condições de adquiri-los nas farmácias convencionais, onde o preço é bastante alto. A Azatioprina, por exemplo, remédio utilizado para evitar a rejeição a transplante de órgãos e para o tratamento de doenças como Lúpus Eritematoso Sistêmico e Hepatite, chega a custar mais de R$ 200,00 nas drogarias.  

No Maranhão, a distribuição da Azatioprina é feita pela Feme, que atende portadores de doenças raras, crônicas ou que necessitam de tratamento especial. “Espero que a Secretaria de Saúde tome as providências, o mais rápido possível, para cumprir com a sua obrigação e possa disponibilizar a medicação, em especial para aqueles que são mais carentes, e, dessa forma, diminuir o sofrimento dessas pessoas. Vou deixar aqui a cobrança pública para que o órgão competente cumpra com o seu dever”, frisou Othelino Neto.

Saúde e propaganda – Durante o pronunciamento, o deputado comparou a realidade da Saúde do Maranhão, com todos os seus problemas e pacientes sofrendo com a falta de medicamentos especiais gratuitos, com a Saúde mostrada na propaganda do governo Roseana Sarney, o que evidencia uma grande contradição.

“Ao mesmo tempo em que nos incomodamos com situações como essa, onde pessoas carentes vão aumentar o seu sofrimento por conta da falta da eficiência do governo do Estado na área de Saúde, nos deparamos com aquela propaganda oficial na televisão falando de um Maranhão que não existe com imagens bonitas, hospitais funcionando e pessoas felizes sendo atendidas. O que incomoda é a mentira da propaganda”, alfinetou Othelino Neto.

Sofrimento e espera – Sem retorno nenhum do Estado em relação à distribuição gratuita dos medicamentos e voltando da Feme, praticamente todos os dias, de mãos vazias, pacientes vêm enfrentando problemas com sintomas que se intensificam a cada dia. Por exemplo, sem tomar o remédio, doentes de Lúpus começam a ter dores nas articulações, febre alta, inflamações, etc. que podem levar a um quadro grave e irreversível. 

Mais de 100 mil pessoas carentes estão cadastradas para receber medicamentos especiais no Maranhão, segundo dados disponibilizados no portal da Secretaria de Saúde do Estado. Os recursos são garantidos por meio de convênio com o Ministério da Saúde, mas quem administra a farmácia é o governo do Estado, quem realiza licitação e contrata fornecedores para a compra dos medicamentos é a Secretaria de Saúde do Estado.

Ao todo, a farmácia disponibiliza 236 medicamentos especiais para a população maranhense. Em alguns casos, eles chegam a custar cerca de R$ 1.500,00 a ampola, valor alto e inviável para os usuários cadastrados, que não têm condições de arcar com a despesa.

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