Doleiro que denunciou Dilma e Lula está internado sob suspeita de envenenamento

Doleiro Alberto Youssef desmaiou na cela, dias depois de depoimento bombástico
Doleiro Alberto Youssef desmaiou na cela, dias depois de depoimento bombástico

Globo.com com edição do blog

O doleiro Alberto Youssef foi levado para a UTI do Hospital Santa Cruz, em Curitiba, depois de passar mal na tarde de sábado (25), alguns dias depois de ter dado um depoimento bombástico, onde teria dito que a presidente Dilma Rousseff e o ex Lula da Silva saberiam de tudo a respeito do esquema de corrupção na Petrobras, segundo a revista Veja. Após anúncio da publicação, a sede da editora foi alvo de vandalismo, no que seria uma tentativa de evitar a distribuição do conteúdo.

A informação de que Yousseff  está internado foi confirmada pela Polícia Federal (PF) e pelo advogado Antônio Figueiredo Basto, responsável pela defesa de Youssef. O hospital também confirmou que o doleiro está internado no local, porém, não divulgou nenhuma informação sobre o estado de saúde dele.  Há a suspeita de que ele tenha sido envenenado ou que teria passado mal em função de alguma medicação habitual.

De acordo com a PF, ele teve uma indisposição por volta das 13h e foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que o levou até o hospital. Segundo o advogado, Youssef teve uma “fortíssima queda de pressão” depois do almoço e desmaiou na cela. Basto ainda disse que o doleiro está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Entretanto, o advogado afirmou, na noite deste sábado, que ainda não havia um diagnóstico sobre o que aconteceu.

O doleiro está preso desde março na carceragem da PF, na capital paranaense. Ele é réu da Operação Lava Jato. Em julho, Youssef também foi levado para um hospital da cidade, onde ficou por uma noite. À época, o advogado disse que o doleiro sofreu um infarto, passou por um cateterismo e precisou ficar internado na UTI.

Operação Lava Jato

A operação Lava Jato foi deflagrada no dia 17 de março de 2014 em vários estados brasileiros e no Distrito Federal. A operação investiga um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que pode ter movimentado cerca de R$ 10 bilhões, segundo a PF.

De acordo com as investigações, a organização criminosa era liderada pelo doleiro Alberto Youssef. Ele e os procuradores do MPF entraram em um acordo de delação premiada. Com isso, ele se comprometeu a dizer tudo o que sabe sobre o esquema de lavagem de dinheiro que chefiava, em troca de reduções nas penas que podem ser imputadas. O documento que pede a absolvição do doleiro no caso do tráfico de drogas não cita o acordo de delação.

O acordo de delação premiada será homologado pela Justiça se, depois da fase dos depoimentos, ficar comprovada a veracidade das informações que Youssef fornecer. O acordo foi assinado um dia após a defesa revelar que o doleiro tinha essa pretensão.

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