Manifestante diz que foi atropelado por carro de João Alberto em protesto

Metrópolis

Estudante de 25 anos registrou ocorrência na 5ª DP e garante que foi atropelado por carros de parlamentares
Estudante de 25 anos registrou ocorrência na 5ª DP e garante que foi atropelado por carros de parlamentares

Uma manifestação contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC do Teto), em frente ao Palácio da Alvorada na noite de quarta-feira (16/11), virou caso de polícia. Um estudante de 25 anos, que participava do protesto, registrou ocorrência da delegacia alegando que foi atropelado por dois carros oficiais do Senado. Em um deles estava o senador João Alberto (PMDB-MA).

A versão dos agentes de segurança é diferente. De acordo com eles, um manifestante se jogou sobre os veículos para evitar que os automóveis entrassem no local e teve o braço machucado.

O que de fato ocorreu está sendo investigado pela 5ª Delegacia de Polícia (área central). De acordo com o boletim de ocorrência, T.S. (a vítima é identificada dessa forma na ocorrência) contou que foi atropelado duas vezes por carros que supostamente levavam senadores para um jantar entre o presidente Michel Temer (PMDB) e a base de apoio no Congresso Nacional e ministros.
O manifestante relatou à polícia que depois de atingido, se jogou em cima do capô do carros e se segurou para não cair. Disse, ainda, que os seguranças do local jogaram spray de pimenta nos manifestantes e que o atingiram com cassetetes.
A vítima tentou se defender com o braço, que ficou lesionado devido aos golpes. A ocorrência foi registrada como acidente de trânsito com vítima e lesão corporal. O boletim de ocorrência não cita nomes e nem as placas dos veículos envolvidos.

Carro danificado
Por meio de nota, o senador João Alberto disse que “a manifestação de estudantes é legítima quando feita de forma pacífica e ordenada” e que o “estudante se jogou sobre o capô, enquanto outros protestantes cercaram o veículo danificando um carro oficial.”

O texto informa ainda que o gabinete do senador registrou ocorrência na Polícia Legislativa para que sejam apuradas as responsabilidades.

Também em nota, o deputado distrital Chico Vigilante (PT) lamentou o fato: “É um verdadeiro absurdo que um senador da República contrário às manifestações dos estudantes que hoje ocupam universidades em todo o país se ache no direito de cometer um crime desta natureza”.

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