Na abertura da CPI da Petrobras, PPS questiona indicações para presidente e relator

Eliziane Gama (MA), que é titular da comissão, disse que os deputados Hugo Mota (PMDB-PB) e Luiz Sérgio (PT-RJ) não poderiam ocupar os postos, já que tiveram suas campanhas bancadas por empreiteiras
Eliziane Gama (MA), que é titular da comissão, disse que os deputados Hugo Mota (PMDB-PB) e Luiz Sérgio (PT-RJ) não poderiam ocupar os postos, já que tiveram suas campanhas bancadas por empreiteiras

O PPS protestou  contra as indicações do PMDB e do PT para ocupar, respectivamente, a presidência e a relatoria da CPI da Petrobras na Câmara Federal. Na avaliação do líder da bancada, Rubens Bueno (PR), e de Eliziane Gama (MA), que é titular da comissão, os deputados Hugo Mota (PMDB-PB) e Luiz Sérgio (PT-RJ), não poderiam ocupar os postos, já que tiveram suas campanhas bancadas por empreiteiras que estão sendo investigadas pela operação Lava Jato.

A posição do partido foi firmada durante a instalação da CPI. O PPS apoiou questão de ordem apresentada pelo Psol que contestava as indicações dos dois partidos governistas. O argumento não foi aceito pela CPI, que acabou elegendo os dois parlamentares para os cargos-chaves da comissão. Ivan Valente (Psol-SP) concorreu a presidente da CPI de forma avulsa, mas recebeu apenas quatro votos.

“A questão de ordem tem toda a razão de existir. Não precisa ler a Constituição Federal, o Regimento Interno, para saber que se há um interesse individual e este interesse conflita com a atuação do colegiado, precisamos buscar a isenção. Com todo o respeito a todos, há lei e há o regimento da Casa. Ninguém está acima da lei”, justificou o líder do PPS, ao concordar com o requerimento do Partido Socialismo e Liberdade.

Os deputados do PPS frisaram que não há qualquer pré-julgamento a parlamentares que receberam doações oficiais de empreiteiras que estão incluídas no rol de investigados da Lava Jato. No entanto, avaliam que o melhor caminho para se investigar plenamente o caso é criar mecanismos que impeçam a defesa de interesses de acusados na Comissão Parlamentar de Inquérito. O impedimento do presidente e do relator seria uma destas formas de dar isenção ao colegiado.

Também participou da primeira reunião da CPI da Petrobras o deputado Moses Rodrigues (PPS-CE), que é suplente no colegiado.

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