Lula e Lobão

O senador Edison Lobão (PMDB) foi o mais longevo ministro de Minas e Energia da história do Brasil. Pegou o cargo em 2008, herdando a cadeira que já havia sido da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

De lá, só saiu em 2010 para buscar a reeleição. Com mais oito anos de mandato garantidos, voltou a sentar na cadeira em 1º de janeiro de 2011, desta vez convidado por Dilma, presidente eleita.

Como Lobão retribuiu essas duas indicações ao Ministério, comandando contratos milionários pelo Brasil? Foi um dos senadores a votar pelo impeachment de Dilma, negando um pedido pessoal e direto de Lula.

Em 2018, Lobão vai tentar outros 8 anos de mandato. Ou melhor, mais 8 anos de foro privilegiado.

Aí, no desespero, Lobão resolveu apegar-se a seu antigo padrinho a quem traiu. Com mais de 60% de intenção de votos no Maranhão, Lula seria o cabo eleitoral perfeito para Lobão.

Lá foi ele no Senado defender o ex-presidente, a quem traiu. E soltou um manifesto em apoio a ele.

Só o desespero pode explicar tamanho contorcionismo. Resta saber se o ex-senador José Sarney e a ex-governadora Roseana Sarney, que também articularam o impeachment, vão voltar e tentar pedir benção a Lula, que agora anda mais colado é ao governador Flávio Dino, com quem pôde contar no processo contra Dilma.

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