Temer avalia empenhar R$ 30 bilhões das emendas para aprovar Previdência

Para barganhar a reforma da Previdência e consolidar a estratégia de montar uma ampla frente eleitoral com todos os partidos da base aliada, o presidente Michel Temer (PMDB) pretende abrir os cofres e empenhar R$ 30 bilhões das emendas parlamentares. Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, o Governo Federal avalia ter “um arsenal” maior do que o usado no último ano durante as votações importantes na Câmara, a exemplo das duas denúncias contra o presidente pelos crimes de corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa, barrados pelos congressistas.

Além das novas emendas do Orçamento, soma-se mais de R$ 20 bilhões dos restos a pagar de emendas parlamentares do ano passado.

O governo analisa, ainda, que com a aprovação da reforma da Previdência ficará mais fácil construir uma candidatura única de centro, garantindo assim, a maior parcela de tempo no rádio e na TV, além do fundo eleitoral.

Dos R$ 10,74 bilhões em emendas empenhadas no ano de 2017, apenas R$ 2,27 bilhões foram pagos até dezembro. O restante é enquadrado como restos a pagar que o governo pode executar ao longo deste ano. Outra estratégia é convencer aliados a se utilizarem do fundo eleitoral, que tem como administradores os presidentes e tesoureiros dos partidos.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o primeiro vice-presidente da Casa, Fábio Ramalho (MDB-MG), que integram a base aliada, mesmo com as perspectivas governistas já deram sinais de desfavorecimento quanto à aprovação da Reforma. Em entrevista aos meios de comunicação, Fábio Ramalho disse que o governo tem hoje, no máximo, 220 votos. A aprovação da proposta de emenda constitucional exige o apoio de pelo menos 308 deputados em dois turnos de votação. A primeira delas está marcada para o dia 19 de fevereiro

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