Doze parlamentares maranhenses estão na lista enviada pelo Congresso Nacional ao Supremo Tribunal Federal (STF), indicando os valores destinados por meio das emendas de relator – o orçamento secreto. Por ele, são indicados recursos públicos que congressistas podem enviar a seus redutos eleitorais de forma não declarada. As distorções provocadas por esse sistema motivaram a corte a determinar que os nomes de todos os beneficiários fossem revelados.
Os parlamentares do Maranhão que indicaram, no orçamento secreto, foram Aluisio Mendes, do PSC, (R$ 70.457.514,00); do Republicanos, Gil Cutrim (R$ 17.989.824,00) e Cleber Verde (R$ 35.201.512,30); Gastão Vieira, do PROS, (R$ 11.500.000,00); do MDB, Hildo Rocha (R$ 26.955.972,00) e João Marcelo Souza (R$ 13.297.500,00); do PL, Junior Lourenço (R$ 21.256.431,78) e Gildenemyr Sousa (R$ 15.757.178,96); Marreca Filho, do Patriotas, (R$ 16.815.246,00); Josivaldo JP, do PSD, (R$ 16.624.900,00); Eliziane Gama, do Cidadania, (R$ 22.923.993,18); e Pedro Lucas Fernandes, do União Brasil, que destinou o maior valor (R$ 95.580.276,43).
A declaração com os valores das emendas do orçamento secreto atende determinação da ministra do STF, Rosa Weber. No ano passado, ela chegou a suspender o pagamento destes valores. Um total de 342 deputados e 64 senadores repassaram informações. Os demais disseram não terem sido contemplados. As indicações somadas chegam a R$ 11 bilhões e representam 30% dos R$ 36,4 bilhões que já foram liberados por meio destas emendas. Porém, 70% do restante do orçamento secreto continua sem identificação.
Os cinco partidos mais beneficiados por este artificio, pela ordem, foram PP com mais de R$ 2 bilhões em emendas; o PL, PSD e União Brasil com R$ 1,6 bilhão, cada; e Republicanos com R$ 1,4 bilhão. Juntas, as legendas destinaram cerca de R$ 8,4 bilhões por meio destas emendas. O orçamento secreto foi criado em 2019.