A corrupção continua se “alimentando” com o dinheiro público

Por Jacir Moraes*
* Jacir Moraes é colaborador deste blog
Estamos vivendo um processo de desintegração social, onde nada de positivo se utiliza em prol do ser humano. A desintegração social é um fato que carece ser observado com muita atenção em um estudo profundo que possa reverter o que acontece no dia-a-dia.

A irresponsabilidade com que o poder público manipula, para não dizer furta o dinheiro, é uma coisa sem precedentes. Por outro lado, o eleitor se vende por uma garrafa de pinga, desvirtua-se do princípio do voto, não sabe em quem votar, prefere uma migalha de dez reais e o político safado, inescrupulosamente, corrompe-o a cada pleito.


Podemos até dizer que, na maioria dos casos, o gestor não se intimida com ameaças de que vai ser processado ou para a cadeia. Alguns vão, mas saem e deixam o xadrez como vítima de perseguição política, acusando os grupos opositores. Os fatos estão aí para provar.


A imprensa publica, diariamente, sobre a má administração por parte dos federais e estaduais. É uma comandita, como bem dizia Caetano Silva (Costa) da região de Imperatriz, onde as pessoas estão a deitar insultos e verdades contra quem melhor lhe prover.


Grande parte ou a maioria dos prefeitos deixa a sede dos seus municípios, onde deveria estar administrando, para investir nos “restaurantes, lojas de carros luxuosos e cabarés” da cidade, ao invés de estarem em suas comunidades pagando o débito social que fizeram com falsas promessas durante o período eleitoral.


A impunidade tem feito municípios e estados perderem somas incalculáveis de dinheiro furtados pela corrupção, uma vez que os administradores que saem são obrigados a deixar os recursos correspondentes às obras em andamento para que os sucessores possam concluí-las.


A nossa Constituição não mais cumpre o seu papel para o qual foi criada em 1988. Hoje o que prevalece, no cenário nacional, são as famosas medidas provisórias, onde se atropela todos os projetos que tramitariam normais para atender ao Poder Executivo. E o dinheiro está saindo pelo ralo. Eu gostaria de saber quantos bilhões já gastaram nos jogos da Copa que vão ser em 2014? Que destinação será dada às famosas arenas com maior tecnologia importada que se possa imaginar?


Por que se vai dar R$ 36 bilhões de dólares para construção de um casco de submarino nuclear? O que fizeram com o dinheiro da Norte-sul, com a transposição do rio São Francisco, com a recuperação das rodovias, com os portos brasileiros?  E os bilhões que o governo desembolsou com reconstrução e adaptação de estádios de futebol para receber a Copa? O que se fez com o dinheiro para aeroportos, quanto foi gasto? Eu estou produzindo esse material à noite e o sono quer me roubar, mas eu passaria outra noite enumerando obras inacabadas e dinheiro que sai pelo ralo.


O chamado “impostômetro” já quebrou a barreira do trilhão em sua arrecadação. O que é feito com tanto dinheiro? A máquina administrativa está para afundar com tanto recurso destinado aos poderes periféricos. Então vão fazer um Tribunal Regional do Trabalho que vai custar R$3.900.000 (três milhões e 900 mil reais).


Que país é esse que queremos igualá-lo e empatá-lo ao país de primeiro mundo? Com tanta roubalheira e descaso, torna-se impossível termos uma nação justa, onde seu povo tenha satisfação de a ela pertencer.   


Eu quero saber o seguinte: o que o Brasil vai fazer com o navio nuclear que está contratando com a França? Será que o mesmo vai servir para recolher ou tratar a poluição dos rios que cortam a cidade de São Paulo? O Brasil não tem preparo para a guerra. Não consegue “guerrear” nem com marginal, vai “guerrear” com quem?



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*Jacir Moraes é jornalista e colaborador deste blog. Esse texto contou com a participação de Carmem Moraes na digitação e de Sílvia Tereza na edição, devido à minha incapacidade visual que me impede de escrever.


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