Alérgicos, cuidado com a “estratégia de venda” da Extrafarma…

 

Alérgicos a AASS ou a outro princípio ativo, cuidado com a Extrafarma.

Na noite de quarta-feira (22), comprei um remédio para a garganta, diferente do que tomo constantemente (de orientação médica), por insistência de um funcionário da Extrafarma (provavelmente pra ganhar bônus de venda), que garantiu ser melhor. No entanto, o medicamento, na verdade, era contraindicado a quem tem alergia a AASS (Ácido Acetilsalicílico), que é o meu caso.

Cuidado, você pode parar no hospital até com risco de vida. Na farmácia, compre sempre o remédio que você veio procurar ou que está na receita do médico. Não dê ouvidos a funcionários de farmácia, interessados em vender um produto para obter bônus, que te impõem medicamentos que alegam ser similares ou melhores. Fica o meu alerta.

O Strepsils, pastilha para garganta, que fui praticamente obrigada a comprar, não contém AASS no princípio ativo, mas há uma substância da mesma família, assim como a maioria dos antiinflamatórios, que faz mal aos alérgicos e hipersensíveis ao Ácido Acetilsalicílico.

Aí, tomei e deu reação forte de rinite, inchaço nos olhos, rosto, boca (edema de face), dor de cabeça, falta de ar, semelhante a sintomas de edema de glote, garganta inflamada, etc.

E eu nem tava com sintomas de gripe e rinite, só a garganta que estava irritando um pouco. Fui cair na besteira de tomar o remédio, empurrado pelo funcionário da Extrafarma, que não costumo tomar, e deu nisso. Baixei hoje (23) na emergência do Hospital São Domingos, com classificação de risco de alerta (cor amarela).

Ainda na noite de quarta (22), a reação não foi mais forte porque tomei logo um antialérgico, medicamento receitado por médico em caso de alergias. Porém, nesta quinta (23), o edema de face ainda era grande com outras complicações.

Achei por bem contar essa história até para alertar as pessoas que, como eu, têm esse tipo de alergia para que tomem cuidado, e àquelas, que chegam à farmácia para comprar um remédio e são abordadas e quase forçadas a adquirir outro tipo de medicamento que é apresentado como similar ou melhor.

Deixo aqui o meu agradecimento ao médico cirurgião geral do São Domingos, dr Rogério​ Ericeira, que me atendeu muito bem. Descobri na hora que ele é leitor assíduo do meu blog. A ele o meu muito obrigada.

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11 thoughts on “Alérgicos, cuidado com a “estratégia de venda” da Extrafarma…

  1. Não é só a extrafarma, outras farmácias também fazem isso. Outro exemplo é a insistência para o cliente adquirir suplemento vitamínico. Ao ler a matéria, lembrei que quando fui comprar pastilha, na Extrafarma, insistiram para que eu levasse Strepsils, alegando os benefícios do medicamento; eu também comprei, mas ainda bem que não sou alérgica. Isso é muito inconveniente e pode trazer sérios problemas, como aconteceu com você. Muito importante o alerta deste blog.

  2. Nossa, Viviane, te ofereceram Strepsils? Então é uma prática mesmo. O medicamento deve render comissão para os balconistas. É por isso que eles fazem a lavagem cerebral para o cliente levar o medicamento de qualquer jetito. Mas nunca mais, faço isso. E fiz questão de fazer o alerta para que os desavisados tomem cuidado com a “estratégia de venda” dessas farmácias.

  3. Por um acaso quando vc vai no hospital não é vc q tem q dizer q é alérgico ao algum medicamento? pq até onde sei sou usuário dessa pastilhas ela fica do lado de fora do balcão de atendimento , no qual vc tem livre acesso então não culpe um profissional de fazer seu trabalho, nem tudo q faz mal a vc faz a outra pessoa.

    1. Sim, mas não se pode empurrar medicamento que a pessoa não veio comprar. Isso é ilegal, segundo disse a central da rede nacional Extrafarma que me ligou hoje de manhã. Eu fui atrás da pastilha que eu sempre comprava. Tinha a pastilha, estava com ela na mão e o funcionário me fez levar a outra. Trouxe as duas. Fui testar essa indicação e quase eu morro. Eu sei que vc trabalha na Extrafarma, estou printando o seu IP. Vou te denunciar para a rede nacional

    2. Em um hospital, eles perguntam, como regra básica, a que medicamentos você é alérgico. Em uma farmácia, se o vendedor quer impor o remédio para ganhar comissão, ele teria obrigação de perguntar sobre alergia ao cliente e de saber quais os princípios ativos similares e familiares que também estão contraindicados. Caso contrário, ele não deve oferecer aquilo que não tem conhecimento, pois, caso contrário, poderá estar cometendo um homicídio, levando uma pessoa até à morte.

  4. A PRÓPRIA REDE DETERMINA METAS DIÁRIAS DE DETERMINADOS MEDICAMENTOS. O FUNCIONÁRIO DA REDE É OBRIGADO A VENDER. PRA QUEM NÃO CONHECE E ACHA QUE O BALCONISTA RECEBE RETORNO FINANCEIRO DA VENDA ESTÁ ENGANADO. A DENÚNCIA DEVE SER FEITA NO CRF REGIONAL OU VIGILÂNCIA SANITÁRIA.

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