A Alcoa, líder na produção de metais leves, anunciou, nesta segunda-feira (30), que suspenderá a produção remanescente de 74 mil toneladas métricas de alumínio da Alumar, em São Luís. Segundo nota oficial do governo do Estado, isso significa a redução de 650 postos de trabalho, o que quer dizer “desemprego” em massa.
Segundo a Alcoa, a decisão estaria alinhada com o recente anúncio da companhia de avaliar possíveis reduções, fechamentos ou vendas em sua capacidade de produtos primários. A expectativa é de que este ajuste seja concluído até 15 de abril próximo.
Essa suspensão dá continuidade à redução de 85 mil toneladas métricas nas operações de São Luís realizada em maio de 2014, e mais 12 mil toneladas métricas implementadas em outubro de 2014. Segundo a assessoria de Imprensa da Alumar, as condições desafiadoras do mercado global e os elevados custos operacionais tornaram a produção de metal inviável. “A planta de alumina não será afetada e continuará operando normalmente”, garante a direção da companhia.
Segundo ainda a Alumar, esta suspensão está alinhada com o anúncio da Alcoa, de 6 de março de 2015, de avaliar 500 mil toneladas métricas de capacidade de produção de alumínio e 2,8 milhões de toneladas métricas de alumina, com vistas a possíveis reduções, fechamentos ou vendas. Com o ajuste na linha de produção de São Luís, a Alcoa deixará de produzir aproximadamente 740 mil toneladas métricas anuais, o equivalente a 21% de sua capacidade de produção de metal.
A companhia diz ainda, por meio de assessoria, que, como resultado do anúncio de hoje, a Alcoa arcará, no primeiro trimestre, com encargos de reestruturação estimados entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões, após os impostos, ou US$ 0,01 por ação.
Em nota, governo critica e lamenta demissões
NOTA OFICIAL DO GOVERNO
- O Governo do Maranhão lamenta o anúncio feito pela Alumar de que desativará a terceira linha de produção de alumínio no Estado, com a consequente redução de 650 postos de trabalho;
- Em 2014, a Alumar reduziu sua capacidade de produção em duas oportunidades, nos meses de maio e outubro;
- Portanto, a decisão, sob a justificativa de reduzir custos e da falta de competitividade do preço de alumínio no mercado, reitera a lamentável política adotada pela empresa nos últimos anos, quando dois terços das linhas de produção no Maranhão foram desativadas;
- Ainda este ano, o governador Flávio Dino, o vice-governador Carlos Brandão e o secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, realizaram audiências com a direção da empresa, para discutir as perspectivas de investimentos no Estado. Em nenhum momento, os dirigentes da multinacional informaram ao governo sobre a intenção de adotarem a drástica decisão, que fere os interesses do Estado e da nossa população;
- O governador Flávio Dino determinou aos secretários Simplício Araújo (Indústria e Comércio) e Julião Amin (Trabalho e Economia Solidária) imediata interlocução junto à empresa, visando assegurar responsabilidade social e alternativas para minimizar os danos causados.
São Luís, 30 de março de 2015.
Secretaria de Estado da Comunicação Social
Alumar suspende produção em São Luís e desemprega 650; governo critica e lamenta demissões: A Alcoa, líder na… http://t.co/5VEhxjbYUS
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