Com atraso de seis dias, a Secretaria de Estado de Segurança Pública resolveu se pronunciar sobre a operação do Ministério Público do Maranhão, que investiga o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL). Em nota, divulgada na noite da segunda, 11, o órgão rebate fala do parlamentar, insinuando que a ação teria motivos políticos e o objetivo de persegui-lo.
A Secretaria diz ter apenas cumprido seu “dever legal” e prestado “todo apoio policial ao Ministério Público” na operação que expôs o parlamentar sem considerar os critérios de imunidade e fóruns, como alegaram Maranhãozinho e seus aliados.
Causou curiosidade o fato de que, após diversas manifestações do deputado Maranhãozinho, afirmando que estava sendo perseguido politicamente com a operação, só agora a Segurança Pública venha se posicionar. O órgão utiliza parte de texto e dados da nota do Ministério Público, emitida esta semana, para explicar a origem e motivação da operação.
Diz ainda a Secretaria que as constatações da movimentação financeira teriam vindo de análises técnicas, realizadas em laboratório do próprio Ministério Público.
Ainda de acordo com a nota explicativa, porém retardada, da Segurança Pública, seu aparato foi fruto de solicitação para “cumprimento de medidas deferidas pela Vara de Combate ao Crime Organizado” e “pedidos formulados pelo Ministério Público”.
Maranhãozinho estaria sendo investigado por supostas fraudes em processos licitatórios, que teriam movimentado mais de R$ 159 milhões.