Brasil perde Oscar Niemeyer aos 104 anos


Arquiteto projetou inúmeras obras, entre elas o Memorial Maria Aragão em São Luís
Com informações do portal Terra

Arquiteto deixou seu legado também em São Luís

Morreu às 21h55 desta quarta-feira (05), aos 104 anos, o arquiteto carioca Oscar Niemeyer, no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. Considerado um dos nomes mais influentes da arquitetura moderna mundial, ele foi responsável pelas principais obras da construção de Brasília, inaugurada em 1960.

A praça Maria Aragão foi projetada ao tempo em que Jackson Lago foi prefeito de São Luís e esta foi a primeira obra de Niemeyer no Nordeste. Ela tornou-se um ponto de referência na cidade, palco de grandes eventos que já integram o calendário cultural da capital maranhense.
O arquiteto Oscar Niemeyer era amigo pessoal da médica Maria Aragão e realizou um projeto que é dotado de estruturas com grandes balanços e curvas monumentais, desenvolvidas com lajes duplas nervuradas, nas quais foram utilizados materiais de alta tecnologia.

Memorial Maria Aragão também foi projetado por Niemeyer

Origem – Filho de Oscar de Niemeyer Soares e Delfina Ribeiro de Almeida, Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares Filho nasceu em 15 de dezembro de 1907 no bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Após uma juventude boêmia, Niemeyer concluiu o ensino secundário apenas aos 21 anos, mesma idade com que se casou com Annita Baldo, filha de imigrantes italianos, na época com 18 anos. Com Annita, o arquiteto teve sua única filha, a galerista Anna Maria Niemeyer – falecida em maio de 2012, aos 82 anos.

Após a morte de Annita, em 2004, Niemeyer partiu para um segundo casamento dois anos depois, com a sua secretária, Vera Lúcia Cabreira. Uma das personalidades mais longevas do País, o arquiteto deixou cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos.

JK e Brasília – Em 1940, Niemeyer conheceu Juscelino Kubitschek, à época prefeito de Belo Horizonte (MG), que tinha interesse em desenvolver uma área da Pampulha, na região norte da cidade. O político encomendou ao arquiteto a construção do Conjunto Arquitetônico da Pampulha.

Finalizados em 1943, os prédios dividiram a opinião da população local, sendo alvo de críticas principalmente do Vaticano, que se negou a benzer a Igreja São Francisco de Assis. As polêmicas envolvendo a igreja se deviam principalmente à sua aparência inusitada e ao mural pintado pelo artista Cândido Portinari, que possuía traços abstratos onde era possível reconhecer um cão ao lado de Sã.

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