As chances do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) ser o vice de Lula numa chapa para concorrer à presidência do país, em 2022, já incomoda algumas lideranças do PT, que veem na possibilidade um estímulo para tentativa de derrubada de um eventual futuro governo, assim como ocorreu com a ex-presidente Dilma Rousseff.
Outra ala acredita que Alckimin seria sim confiável e não faria movimentos para derrubar Lula. Paralelamente, o tucano é um nome bem visto pela direita e pelo mercado financeiro, o que, para os petistas contrários, facilitaria uma movimentação pela queda de Lula, caso o governo enfrente uma grave que crise.
Setores do partido acreditam que o impeachment de Jair Bolsonaro não prosperou, em parte, por conta do vice-presidente, Hamilton Mourão, assumir a cadeira e para eles, seria pior ter o general no comando do país.
Já lideranças que apoiam a chapa Lula-Alckmin afirmam que para cair é preciso estar em pé, ou seja, para enfrentar a ameaça de impeachment, o petista primeiro precisa se eleger. Nesse sentido, a aliança com o tucano ajudaria a liquidar a fatura até mesmo no primeiro turno.
