Corte de precatório da Constran corresponde a 80% do aumento para servidores

DO JP

Doleiro Alberto Youssef confirmou que pagou propina a João Abreu
Doleiro Alberto Youssef confirmou que pagou propina a João Abreu

Ainda muito recentemente, o Maranhão acompanhou atônito a revelação de que seus ex-gestores estariam envolvidos em uma trama de propina, benefício a empresas e utilização do cargo público para enriquecimento ilícito. Nesse enredo, o doleiro Alberto Yousseff foi preso em um hotel de São Luís, há cerca de um ano.

A transação operacionalizada pelo doleiro que tem revelado os maiores esquemas de corrupção do país era um montante de R$ 123 milhões pagos em parcelas à empresa Constran, fruto de um precatório que se pode chamar, no mínimo, de duvidoso. Após as denúncias de irregularidades envolvendo Yousseff, a ex-governadora Roseana Sarney e o ex-chefe da Casa Civil, João Abreu, e os valores que estavam sendo pagos à empreiteira pelos cofres públicos, o governador Flávio Dino decidiu suspender os repasses logo no primeiro dia de governo.

Já em fevereiro, o Governo do Estado sob o comando de Flávio Dino consegue implantar uma extensa pauta de valorização dos servidores. Mesmo recebendo dívida bilionária, que chega a quase R$ 2 bilhões deixados por pagar pelo governo Roseana Sarney, o governo do ex-juiz federal vem apresentando fortes investimentos em áreas importantes para o funcionamento da máquina pública.

O exemplo do aumento para servidores públicos de carreira é muito emblemático. Só com os funcionários ativos, no ano de 2013 serão incrementados mais R$ 153 milhões pelo Tesouro do Estado. Isto quer dizer não apenas aumento de salário aos funcionários, mas também injetar mais dinheiro na economia do Estado – fazendo com que os sistemas de serviços, geração de emprego e renda sejam reativados.

O valor do incremento diz muito, se comparado com os episódios recentes. Foram R$ 153 milhões de benefícios aos servidores concedidos enquanto R$ 123 milhões de repasses a empreiteira foram cancelados. Para ambos, a fonte é o Tesouro Estadual.

O rompimento com a lógica anterior, que beneficiava grandes empresas em detrimento do cidadão comum, está sendo o ponto chave da nova política implementada por Flávio Dino. O corte no repasse à empresa que estaria negociando precatórios em troca de propina ao alto escalão do antigo Governo foi fundamental para que mais de 80% do aumento aos servidores públicos fosse garantido.

Assim, o ex-juiz federal vai mostrando que romper a lógica da corrupção é realmente a chave-mestra para fazer um bom governo.

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