Marcelo Tavares disse que só assina requerimento caso presidência e relatoria fiquem com a oposição
Tavares teme que governistas manipulem a CPI da Agiotagem |
O deputado estadual, Raimundo Cutrim (PSD), autor do requerimento da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Agiotagem, já conta com 11 assinaturas das 14 necessárias para instalá-la na Assembleia Legislativa do Maranhão. Com mais três canetadas, ele garante tudo junto à Mesa Diretora da Casa.
Já assinaram o requerimento da CPI o próprio Raimundo Cutrim que, claro, foi o primeiro; Bira do Pindaré (PT), Eliziane Gama (PPS/DM), Zé Carlos da Caixa (PT), Clayde Coutinho (PSB), Neto Evangelista (PSDB), Raimundo Louro (PR), Rubens Jr (PCdoB), Gardênia Castelo (PSDB), Antonio Pereira (DEM) e Manoel Ribeiro (PTB).
Há ainda muita resistência entre os deputados para a assinatura da CPI. Marcelo Tavares (PSB), por exemplo, disse que só assina se tiver a certeza de que a presidência e a relatoria ficarão nas mãos da oposição. Ele teme que os governistas tomem conta da comissão para restringir os convocados que, provavelmente, tiverem ligações com o governo ou aliados.
“Se não for assim, vai acontecer como na CPI da Violência contra a Mulher que os governistas tomaram de conta para não apurar nada, ou como a CPI dos Convênios que os parlamentares do governo só permitiam que se investigasse a Prefeitura de São Luís, nenhuma outra”, argumentou o deputado do PSB.
Cutrim passou a colher, desde segunda-feira (29), assinaturas para a CPI da Agiotagem com o objetivo de elucidar, de uma vez por todas, o assassinato do jornalista Décio Sá e suas ramificações, como os crimes de agiotagem. O parlamentar preparou também um requerimento submetendo-se a uma investigação da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa.
Imagem – Segundo o deputado, denúncias feitas, sobretudo pelo Sistema Mirante de Comunicação, causaram um estrago imensurável a sua imagem perante a sociedade e a família dele. O parlamentar prometeu processar também o grupo Mirante.
Raimundo Cutrim criticou lista divulgada, na semana passada, com nomes de gestores que estariam envolvidos com a agiotagem sem, sequer, serem investigados. Segundo o deputado, é necessário que as coisas sejam passadas a limpo e que o crime e suas ramificações sejam esclarecidas.