CPI da Covid: Depoimento de Nise Yamaguchi sobre vacina gera tumulto na sessão desta terça

Em depoimento à CPI da Covid, a médica imunologista Nise Yamaguchi negou ter feito parte de um “gabinete paralelo” de assessoramento ao governo federal durante a pandemia. Alegando desconhecer a existência dessa estrutura, Nise afirmou nunca ter tido encontro privado com o presidente Jair Bolsonaro, o que gerou tumulto na sessão desta terça-feira (1º).

Na ocasião, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, mostrou um vídeo em que a médica dizia não ser necessário que as pessoas tomassem vacina “aleatoriamente”.

Segundo a médica, parte do seu trabalho teria se concentrado em orientações referentes ao protocolo de uso da cloroquina/hidroxicloroquina.

Os parlamentares da oposição contestaram as afirmações. Para Renan Calheiros, a “existência de um aconselhamento paralelo” já estaria “demonstrada” pelo conjunto de fatos narrados nos depoimentos obtidos pela comissão. Ele relatou ter participado de uma reunião no Palácio do Planalto junto a Nise e ao ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Segundo o depoimento, na época, a imunologista teria defendido incluir a covid-19 na lista de doenças que constam na bula da cloroquina/hidroxicloroquina.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), propôs a suspensão da sessão e o retorno da médica para prestar depoimento como convocada. Diferentemente das pessoas já ouvidas, Nise Yamaguchi foi convidada, não convocada. Dessa forma, não seria obrigada a comparecer à CPI nem a falar a verdade.

 

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