Caso Décio: Após um ano, ainda muitas incertezas |
O deputado Raimundo Cutrim (PSD) usou a tribuna, nesta quarta-feira (08), para pedir, mais uma vez, o apoio dos parlamentares para a aprovação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Agiotagem na Assembleia Legislativa, que já conta com 12 assinaturas com a adesão hoje de Carlinhos Amorim (PDT).
Durante discurso, o parlamentar disse que as investigações do caso Décio Sá e da agiotagem no Maranhão, conduzidas pelo secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, estão sob suspeitas e reiterou, mais uma vez, que nada teve a ver com o crime ou com atividades de agiotagem.
Cutrim fez ainda um apelo direto aos deputados para a aprovação também de cinco requerimentos, protocolados junto à Mesa Diretora, relacionados ao crime que vitimou o jornalista Décio Sá.
Parte da bancada da oposição, leia-se Marcelo Tavares (PSB) e Othelino Neto (PPS/MD), reitera o posicionamento de só assinar o requerimento da CPI se obtiverem a garantia da presidência ou da relatoria. Temem o monopólio do governo na questão, já que o deputado Roberto Costa (PMDB) já disse, na tribuna, que os governistas não abrem mão dos postos mais importantes da Comissão Parlamentar.
O posicionamento do governo, claro, justifica-se pela necessidade de uma política de protecionismo ao secretário Aluísio Mendes que conduz as investigações do caso Décio Sá e suas ramificações.
Agora, imaginem só como se comportaria uma CPI da Agiotagem, provavelmente conduzida pelos deputados Magno Bacelar (PV) e Roberto Costa, como presidente e relator ou vice-versa. Será que acabaria em pizza?