Gondim foi o único presente na audiência entre os três secretários convidados |
A ida do secretário estadual de Gestão e Previdência, Fábio Gondim, à audiência pública, na Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (22), para tratar do Estatuto do Educador e do indicativo de greve repercutiu bem, afinal, dificilmente, um auxiliar do governo Roseana Sarney se dispõe a atender convites ou convocações do Poder Legislativo. A postura mereceu elogios da oposição.
O convite foi feito também aos secretários de Educação, Pedro Fernandes, e de Planejamento, João Bringel, que alegaram motivos para não comparecer à audiência pública.
Ao contrário, Fábio Gondim compareceu, expôs argumentações, enfrentou críticas de professores, respondeu a questionamentos, aceitou renegociar com a categoria e mostrou postura de um técnico que pouco se importa com pormenores políticos.
Durante a audiência, Fábio Gondim disse que a proposta que foi, anteriormente, apresentada pelo Sinproesemma é inexequível por ferir várias conquistas alcançadas pelos professores ao longo de muitos anos.
Proposta original – “Se nós encaminhássemos a proposta como estava, ela levaria muito tempo para ser aprovada, porque teria que ser reformulada na Assembleia Legislativa. Isso poderia levar até um ano e o processo seria prejudicado”, justificou o secretário de Gestão e Previdência.
Segundo Fábio Gondim, a proposta original deixava de contemplar importantes conquistas como a Gam, que não iria para a aposentadoria. No projeto não havia interstício, nem regras para promoções e nem tabela remuneratória.
O secretário disse ainda que o governo do Estado deve implementar um conjunto de promoções atrasadas orçadas em R$ 250 milhões. Segundo ele, se o déficit for de dez anos de atrasos, o governo deve gastar R$ 1 bilhão para regularizar tudo. “Isso é mais do que o governo investiu em 2012”, afirmou Gondim.