Felipe Camarão diz que escolha pelo seu nome não foi imposição

O ex-secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão (PT), disse, em entrevista a uma emissora de rádio da capital, nesta segunda-feria (6), disse que a escolha do seu nome para ser vice na chapa do governador Carlos Brandão (PSB), nestas eleições, não foi uma imposição. Ele era um dos cotados para a vaga, que acabou sendo definida durante o Encontro Tático do partido, no domingo (5).

“Estou muito honrado, pois as pessoas do meio político conhecem o PT. Sabemos que é um partido complexo, mas que me impressionou positivamente. Apesar dos debates acalorados, todos se uniram e o ideal, o principal do partido, que é a eleição do ex-presidente Lula, a do Flávio para o Senado e do governador Brandão, foi o foco de coesão para todos”, disse.

Camarão pontuou que, ao longo dos debates até a confirmação do seu nome, houve conversas com as diversas correntes do PT no Maranhão, participação em reuniões com representantes da sigla e aliados, a fim de avaliar seu projeto político.

Sobre abrir mão de participar das eleições como pré-candidato a deputado federal para ficar como vice na chapa do governador Carlos Brandão (PSB), ele disse que a decisão surgiu junto com os debates sobre a possibilidade do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), ser vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Alckmin não era membro histórico do PT, nunca foi e todos sabem. Ele era afiliado histórico do PSDB com perfil mais à direita. Um perfil muito importante para a chapa do ex-presidente Lula, que traz para o grupo um outro perfil de eleitor. Aqui no Maranhão, nós pensamos a mesma coisa. Assim como Brandão, que tem uma larga experiência política, no meu caso, eu sou o complemento dele. Jovem, pela primeira vez disputo na política e tive a honra de comandar, com o ex-governador Flávio Dino, um programa que muda a vida das pessoas na educação”, comentou Felipe Camarão.

Confirmou que não era o predileto para compor a chapa. “Todos sabem que eu não era o primeiro nome na composição do vice da chapa. Tínhamos outros nomes, inclusive, o do senador Weverton Rocha, debate que foi sendo construído ao longo de todo o período. Mas, quando infelizmente o grupo não pôde permanecer unido, surgiu o debate sobre o nome do Alckmin nacionalmente e meu nome se tornou mais fortalecido”, explicou.

Felipe Camarão destacou ainda sua trajetória à frente do Procon, onde atuou pelo direito dos trabalhadores, referindo-se ao fato de também ter um direcionamento coerente com a história do PT, que é de defesa da classe trabalhista.

“Sou um homem de grupo e sempre estive à disposição para fazer o que fosse melhor e decidido pelo grupo político do qual faço parte. Eu acredito neste projeto, nesta gestão. Quero continuar com os importante programas criados e fazer parte dessa construção política que começamos com o ex-governador Flávio Dino e, agora, segue com o governador Brandão. E há esse estímulo para que o PT chegue ao governo no Maranhão. Então, conseguir unificar o partido nesse projeto. Não foi uma imposição”, enfatizou, sobre a escolha do seu nome.

Comentando sobre ditos de que ele não seria petista histórico, Camarão disse que “petista raiz” não apoia o bolsonarismo.

Camarão concluiu dizendo que acredita em uma vitória em primeiro turno da chapa com Brandão, pois há cidades maranhenses com mais de 40% de eleitores indecisos e que serão buscados durante a campanha de fato. “Há essa indecisão e é possível conquistar esses votos. Mas, não sendo e passando para o segundo turno, creio que a disputa será com um nome bolsonarista”, apontou.

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