Em audiência pública com senadores da Comissão Temporária da Covid-19 do Senado, realizada nesta segunda-feira (29), o secretário de pesquisa e formação científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcelo Morales, anunciou que mais dois novos imunizantes brasileiros contra a Covid-19 estão em fase avançada para pedir autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e iniciar testes clínicos no país. Uma dessas vacinas é um spray nasal, desenvolvido pelo Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, comandado pelo médico Jorge Kalil Filho.
Segundo o secretário, o imunizante não utiliza seringa, nem agulha, além de aumentar a quantidade de imunoglobulina e impedir a entrada do vírus na própria entrada das vias respiratórias.
Outra vacina prevista para combater a Covid-19 está sendo desenvolvida na Universidade Federal de Minas Gerais, pelo pesquisador Ricardo Gazzinelli. Ao falar sobre essa vacina, Morales garantiu que ela utiliza uma plataforma de vírus influenza e adenovírus, é bivalente para a gripe e também para o coronavírus.
Uma vez iniciada a Fase 1, que avalia a segurança das vacinas em pacientes, serão necessários de R$ 20 a R$ 30 milhões, de acordo com o Ministério de Ciência e Tecnologia. Já para a Fase 2, que atesta a eficácia da vacina, serão necessários de R$ 200 a R$ 320 milhões.
Na semana passada, a Anvisa recebeu pedidos de autorização para testes com outros dois imunizantes nacionais contra o novo coronavírus: a ButanVac e a Versamune.
