Investigação da PF sobre fundo de pensão cita nomes de Sarney e Waldir Maranhão

Sarney disse que não conhece Fayed

BRASÍLIA – O relatório da Polícia Federal relacionado às investigações sobre a organização do doleiro Fayed Traboulsi menciona o nome de, pelo menos, seis parlamentares, um deles do ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP). Outros três são Davi Alcolumbre (DEM-AP), Eduardo Gomes (PSDB-TO) e Waldir Maranhão (PP-MA), conforme revelou o GLOBO na edição online de quarta-feira (02). A relação foi enviada ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região e, depois, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O nome de Sarney foi citado por um dos investigados na operação. Numa entrevista ao GLOBO, Davi Alcolumbre disse que, numa das conversas que teve com Fayed, o doleiro fez perguntas a ele sobre o senador. Ele negou, no entanto, que os dois tenham conversado sobre fundos de pensão ou qualquer outra das atividades do doleiro que estão sob investigação. Alcolumbre, Gomes e Maranhão tiveram conversas gravadas pela polícia.

Nos documentos remetidos pela polícia não constam gravações de conversas do senador. Segundo uma autoridade que acompanha o caso de perto, o nome de Sarney aparece de forma “unilateral”, ou seja, não há indicação de que o senador saiba de que esteja sendo citado. 

Procurado pelo GLOBO, por intermédio da assessoria de imprensa, Sarney disse que não conhece Fayed, nem a ex-secretária Flávia Peralta, funcionária do Senado investigada pela PF.

– O senador não conhece o Fayed, não conhece essa moça e se seu nome foi citado, foi citado indevidamente – disse um dos assessores do senador.

Os autos da Operação Miquéias foram enviados ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF). Caberá ao STF analisar o material para saber se o abre inquérito sobre o caso.

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