MANDATOS AMEAÇADOS – Investigações sobre agiotagem na Câmara deixam suplentes eufóricos

Investigações podem resultar em prisões e perda de mandatos na Câmara
Investigações podem resultar em prisões e perda de mandatos na Câmara

O desenrolar das investigações da Polícia Federal e do Ministério Público sobre o suposto esquema de agiotagem que envolveria 14 parlamentares, com transação de cheques e empréstimos irregulares que passariam pelo Bradesco, é o assunto mais interessante, no momento, para determinados suplentes de vereadores de São Luís. A “bomba” que explodiu pode resultar em prisões e cassações de mandato, o que abriria vagas no parlamento.

Desde a última segunda-feira (09), o clima, que já era muito tenso, ficou pior, inclusive, com ameaças ao vereador Marquinhos (PRB), um dos defensores da quebra de contrato com o Bradesco e de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso que, na verdade, é de Polícia mesmo! Pelo corporativismo que é inevitável nesses casos e pela suspeita de envolvimento de quase a metade dos parlamentares, a apuração tem que ser feita mesmo por outras instâncias.

Nos bastidores, vereadores envolvidos e incomodados com Marquinhos tratam de buscar algo que constranja o parlamentar, que é uma das poucas vozes que se levanta a favor das investigações e contra a manutenção do contrato com o Bradesco. Há informações de que já teriam “encontrado elementos” para evitar que o parlamentar continue a “incomodar”.

Ex-gerente do Bradesco deve ter delação premiada

O temor do suposto escândalo terminar ou resultar em perda de mandatos aumentou após  o juiz Fernando Cruz, da Sétima Vara Criminal, ter decretado, na última segunda (09), a prisão preventiva da ex-gerente do Bradesco, Raimunda Célia de Abreu, por quem passariam as transações que desviaram R$ 26 milhões. A ex-funcionária é peça chave nas investigações, porque sabe muito e pode levar muita gente com ela se tiver o benefício da delação premiada.

O esquema funcionaria desta forma: a quantia seria desviada por meio de empréstimos consignados e os juros é que gerariam os lucros. A Câmara Municipal autorizaria os créditos em nome de vários funcionários da Casa de uma vez só, mas não faria o desconto nos contracheques.

O apurado seria emprestado a terceiros, mediante o pagamento de juros de até 7%. Com o  arrecadado, seria possível pagar tranquilamente as parcelas do empréstimo e o que sobraria seria dividido entre os participantes, numa espécie de pirâmide.

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