A relação entre o presidente Jair Bolsonaro e os policiais militares está sofrendo abalos. Representantes da categoria avaliam agora promessas que não foram cumpridas. Apesar do apoio orgânico ao presidente, sobretudo entre os praças, eles estão dispostos a abrir diálogo com outros pré-candidatos ao Palácio do Planalto em 2022.

O embate surpreende, pois, há poucos meses, a categoria era vista como uma possível apoiadora do governo, numa eventual ruptura democrática, tamanha a fidelidade que demonstravam. O programa de crédito habitacional, lançado em setembro pelo governo com finalidade de agradar o setor, teve efeito contrário. Se tornou nova fonte de reclamação da classe que integra a base de apoio.

A insatisfação se soma a outras, provocadas por medidas que limitaram progressões e ganhos salariais. principalmente para tropas fora de Brasília. A polícia do Distrito Federal tem os maiores salários do país e ainda conseguiu um reajuste em plena pandemia de Covid-19.

As reclamações chegaram ao ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, que prometeu levá-las a Bolsonaro. Os ministros Paulo Guedes, da Economia, e Anderson Torres, da Justiça, foram acionados para estudar providências. As entidades representativas destacam que os militares e suas famílias entregaram milhões de votos a Bolsonaro, em 2018. Agora, reclamam um ‘reconhecimento’ que, segundo eles, ainda não veio.

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