Morre Olavo de Carvalho; Família não divulga causa da morte e gera especulações

O escritor Olavo de Carvalho faleceu, na noite de segunda-feira (24), aos 74 anos. Ele estava internado em um hospital de Richmond, cidade no estado da Virgínia, Estados Unidos, onde morava desde 2005. A causa da morte não foi divulgada, mas ele foi diagnosticado com Covid-19, no último dia 16.

O anúncio do falecimento estava nas redes sociais dele com um comunicado postado pela assessoria do escritor em nome de familiares. “A família agradece a todos os amigos as mensagens de solidariedade e pede orações pela alma do professor”, diz a nota. Olavo de Carvalho deixa a mulher, Roxane Andrade de Souza, oito filhos e 18 netos.

Ele, que sofria de cardiopatia, passou por três internações no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (InCor), São Paulo, entre julho e agosto de 2021. Chegou a se submeter a cirurgia na bexiga e um cateterismo de emergência. Em abril do mesmo ano, foi internado, já nos EUA, para tratar de problemas respiratórios

Diagnosticado com Covid-19 dias antes de morrer, o escritor e ideólogo da direita brasileira Olavo de Carvalho colecionava postagens no Twitter e Facebook questionando a letalidade do coronavírus, que chamava de “mocoronga vírus”. A causa da morte não foi confirmada e não se sabe, de fato, se o vírus teve relação com o caso. Segundo mensagem veiculada em seu canal no Telegram no dia 15/01, ele havia se infectado  e precisava cancelar as aulas de um curso de Filosofia que ministrava online.

No entanto, nas redes sociais, centenas de pessoas passaram a resgatar publicações nas quais o escritor, conhecido como uma espécie de guru do bolsonarismo, criticava medidas de isolamento social, o uso de máscaras e duvidava dos riscos do coronavírus.

“O medo de um suposto vírus mortífero não passa de historinha de terror para acovardar a população e fazê-la aceitar a escravidão como um presente de Papai Noel”, escreveu Olavo na sua conta de Twitter em maio de 2020.

Em janeiro de 2021, quase um ano depois do início da pandemia, o escritor continuava a duvidar da letalidade do coronavírus. “Dúvida cruel. O Vírus Mocoronga mata mesmo as pessoas ou só as ajuda a entrar nas estatísticas?”, escreveu no Twitter.

Não há informações oficiais sobre se Olavo tomou ou não doses da vacina contra a covid-19.

Em publicações no Facebook, ele fez críticas à Coronavac, a que chamava de “vacina chinesa”, e à ideia de tornar a vacinação obrigatória.

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