E AGORA? TJ anula nomeação de Washington para o TCE…

Justiça torna sem efeito indicação do ex-vice-governador para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado

Uma reviravolta com a anulação da indicação de Washington Oliveira para o TCE movimenta agora esta semana, que antecede o prazo limite de desincompatibilização
Uma reviravolta com a anulação da indicação de Washington Oliveira para o TCE movimenta agora esta semana, que antecede o prazo limite de desincompatibilização

O desembargador Marcelo Carvalho Silva proferiu decisão tornando sem efeito a nomeação do ex-vice-governador Washington Luiz Oliveira para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Esta é a manchete do Jornal Pequeno deste domingo (29). Seria uma notícia bomba às vésperas do fim do prazo de desincompatibilização para a disputa das eleições deste ano.

A primeira dúvida, já devidamente esclarecida, que surgiu foi se uma vez renunciado ao cargo de vice-governador para ingressar no TCE, ele poderia voltar  para o governo do Maranhão. Mas pelas regras constitucionais, isso não seria possível já que ele abriu mão do posto por “livre e espontânea vontade”. A renúncia, segundo a Lei, é irreversível!

Para melhor entendimento, a primeira parte de um plano que foi montado há um bom tempo no Palácio dos Leões, de olho na sucessão de 2014, começou a ser executada em novembro do ano passado. O grupo Sarney conseguiu “eleger” o vice-governador Washington Oliveira (PT) presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) para garantir o total controle do governo nas mãos do PMDB.

A forma com que as coisas se deram em relação à “eleição” do novo conselheiro levou os deputados Bira do Pindaré (PSB) e Domingos Dutra (PT) a ingressaram com uma ação na Justiça, alegando que o TCE estava sendo usado com fins políticos, visando a uma manobra com eleição indireta para conduzir o secretário estadual de Infraestrutura e pré-candidato do PMDB ao governo, Luís Fernando, ao cargo de governador antecipadamente

Plano I fracassou

Uma vez livre de Washington Oliveira (WO), a  governadora Roseana Sarney planejava se desincompatibilizar do cargo entre os meses de março e abril deste ano, prazo em que o secretário de Infraestrutura, Luís Fernando Silva, já teria completado um ano de permanência no PMDB para abrir vacância no Executivo e forçar a Assembleia Legislativa do Maranhão a convocar uma eleição indireta para governador.

No plano arquitetado pelo grupo Sarney, Roseana sairia para disputar o Senado e, com a vacância do cargo, o presidente da Assembleia, deputado Arnaldo Mello (PMDB), assumiria o governo e convocaria a eleição indireta, no prazo de 30 dias, no parlamento estadual que já estaria nas mãos de um outro peemedebista, o deputado Max Barros.

Luís Fernando, que é o pré-candidato ao governo do clã, seria  naturalmente o “nome ungido” para ocupar a cadeira número um do Palácio dos Leões para articular a própria reeleição no cargo.

Outro rumo

Porém, as coisas tomaram um outro rumo e o grupo Sarney não conseguiu colocar o plano total em prática como queria porque passou a desconfiar de Arnaldo Melo, que ganhou de graça a manifestação de apoio da Oposição e da maioria absoluta da Assembleia Legislativa para governar o Maranhão no período tampão. Além disso, o clã teme que o peemedebista queira ser candidato em uma eleição indireta e no pleito direto de outubro.

No entanto, muita água promete passar ainda por debaixo da ponte. Tudo pode acontecer até sexta-feira (04). É aguardar!

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