Uma declaração usada pela deputada federal, Joice Hasselmann (PSL-SP), para afastar os rumores de violência doméstica, que dominavam as redes sociais, após a parlamentar aparecer com o rosto cheio de hematomas, gerou críticas de mulheres.
“Vamos combinar, não tenho o menor perfil de mulher de malandro”, disparou Joice, que relatou ter acordado em uma poça de sangue em seu apartamento, cheia de hematomas e fraturas no rosto e no corpo, após cerca de sete horas desacordada.
Seu marido, o médico Daniel França, estava em casa, dormindo em outro quarto. Ela afirma suspeitar de um atentado.
“Trata-se de um provérbio preconceituoso e machista. Mulher de malandro é aquela que deve naturalizar esses atos? Vamos então defender a integridade de algumas de nós ironizando outras? A frase não é só machista, como até ignorante. Nem ela, Joice, nem tampouco essa caricatura de ‘mulher de malandro’, à qual a deputada se refere, devem aceitar abuso”, analisa a antropóloga e historiadora, Lilia Schwarcz.
O médico Daniel França, marido da deputada federal Joice Hasselmann, pronunciou-se, pela primeira vez, sobre as suspeitas de que ele teria agredido a esposa. Em coletiva de imprensa, no domingo (25), ao lado da mulher, ele afirmou que está colaborando com as investigações da Polícia Legislativa.