No Roda Viva, Flávio Dino defende construção de um novo projeto nacional democrático e social

A participação de Flávio Dino no Roda Viva foi parar no “Trending Topics” – a lista dos assuntos mais comentados – no Twitter

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), foi entrevistado no programa Roda Viva, na noite de segunda-feira (23) do Roda Viva. Logo no início do programa, Dino foi anunciado como o homem que, “em nome da tentativa de viabilizar uma frente em defesa da democracia”, ousou abrir “um canal de diálogo” com os ex-presidentes José Sarney (“seu adversário mais notório”), Lula e FHC. A âncora do Roda Viva, jornalista Daniela Lima, também o qualificou como um político “de aspirações nacionais, agora cotado para a disputa presidencial de 2022”.

O governador defendeu a construção de um “novo projeto nacional democrático e social” para o País, que incorpore duas “grandes tradições”: o “trabalhismo” dos governos Getúlio Vargas e João Goulart; e o “lulismo”, encarnado nas getões Lula e Dilma. Sobre as diferenças atuais entre os partidos de esquerda, ele acusou a imprensa de fazer uma “maximização do problema”. Segundo ele, “a direita também enfrenta dilemas, como bolsonarismo versus lavajatismo”.

No programa “Roda Viva”, da TV Cultura, Dino se apresentou como um apaziguador, um político que “não impõe” agendas. Alguém capaz de agregar pessoas com visões de mundo distintas, desde que democráticas. Se as esquerdas estão divididas, ele se oferece para construir as pontes necessárias para “uma frente ampla”.

Dino relembra uma ideia que lançou em 2014, quando havia derrotado o clã Sarney na disputa pelo Palácio dos Leões, em São Luís. “Se o PT e o PSDB tivessem feito uma aliança, como eu disse há cinco anos aqui neste mesmo programa, o Brasil estaria em uma situação muito melhor hoje”.

Flávio Dino comparou as eleições municipais de 2020 com as eleições para o Senado em 1974 – época em que o regime militar vivia o auge do crescimento econômico. “Em 1974, houve um plebiscito em torno de questões democráticas fundamentais”, o que, na opinião de Dino, levou a uma vitória da oposição á ditadura. Ele também lembrou a “foto icônica” no segundo turno das eleições presidenciais de 1989 – Lula, Leonel Brizola e Mário Covas estavam no mesmo palanque, numa frente contra a candidatura de Fernando Collor.

Dino foi entrevistado por Mariana Schreiber (BBC News Brasil), Cristiane Agostine (Valor Econômico), Juliana Coissi (Agência Folha), Conrado Corsalette (Nexo) e João Gabriel de Lima (Estadão). Sua participação no Roda Viva foi parar no “Trending Topics” – a lista dos assuntos mais comentados – no Twitter.

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