“O aparato policial é feito para proteger e não forjar embates”, comenta Othelino sobre caso Ágatha em podcast

No podcast “Diálogo com Othelino”, o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), lamenta o posicionamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), após a morte de Ágatha Félix, de 8 anos, baleada pelas costas na comunidade Fazendinha, no Complexo do Alemão, na última sexta (20).

“A morte da menina Ágatha chocou o Brasil e o mundo. O governador do Rio de Janeiro transformou a morte em um instrumento de marketing dele mesmo. Banalizar a morte, como está acontecendo no Rio, é algo muito grave, que desumaniza as pessoas. E é muito triste ver que, além do governador, há quem defenda esse tipo de política, que faz da morte um instrumento de divulgação. Como se isso fosse um elemento que mostra a eficiência da política de segurança pública”, disse Othelino Neto.

O deputado lembrou que cinco crianças foram mortas no Rio de Janeiro por conta do que ele chama de “política equivocada de segurança pública” e ressalta que o número de pessoas não envolvidas com o crime, assassinadas em confronto com bandidos e policiais, aumentou.

“O aparato policial e de segurança pública é feito para proteger a sociedade e não para forjar embates, vitimando pessoas inocentes, crianças e adultos. Imaginemos quantas famílias foram dilaceradas a partir dessa política equivocada que o governador do Rio de Janeiro implantou e que promove cenas tristes, como a do governador comemorando a morte de alguém. Foi algo que chocou a todos nós, que temos a consciência de que a segurança é para preservar a vida e não vitimar inocentes”.

Outro ponto abordado pelo presidente da Assembleia foi o evento do Poder Judiciário, em caráter nacional, em parceria com o Poder Legislativo, sediado nesta Casa, sobre a conciliação e mediação como meios alternativos de solução dos conflitos. Segundo o deputado Othelino, o caminho da conciliação e mediação é o que há de mais moderno no sentido de resolver as demandas judiciais.

“Ao invés de um processo durar cinco ou dez anos, a partir da conciliação se consegue chegar a um resultado, fazendo com que as partes sejam bem atendidas e assim evita aquela demora que tanto incomoda a sociedade. Portanto, o Judiciário tem investido nisso e considero este um caminho fundamental para agilizar as decisões judiciais”, enfatizou o presidente da Assembleia.

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