O PSDB do Maranhão, impasse e incertezas

Está se fechando o cerco e também os prazos, para que o vice-governador Carlos Brandão decida seu rumo e, consequentemente, o futuro do PSDB no Maranhão. Com as notícias de sua provável saída do partido, vários políticos já se movimentam de olho no comando da legenda e para realizar uma série de mudanças.

É  possível que Brandão vá para o PSB, partido do governador Flávio Dino e onde poderá formar uma base sólida de apoio em torno do seu nome, além ainda de garantir um palanque com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na lista dos políticos que já se articulam para reorganizar a legenda, caso o vice realmente se desfilie, está o deputado estadual Wellington do Curso. Segundo ele, o PSDB não será cabide de ninguém e terá, sim, candidatura majoritária para disputar a cadeira do Palácio dos Leões nas eleições deste ano.

Um nome já cogitado para pré-candidatura ao governo pelo partido é o da ex-deputada estadual Andrea Murad (MDB), que recebeu o convite da presidência do diretório nacional. Ela avisou que só dará uma resposta quando Brandão, de fato, sair da legenda.

Wellington do Curso aposta na ex-deputada. Em entrevistas, falou em favor do nome dela para representar o PSDB na disputa pelo governo do Estado e, caso ela não aceite, outro nome será apresentado.

A pressão para que Brandão se decida é grande. Se ele sai, o partido pode se reorganizar, pensar novos rumos e definir um comando para o qual vários nomes se apresentam, entre eles, claro, o próprio deputado Wellington do Curso.

Se resolver permanecer, o vice-governador sabe que perderá o apoio do PT e não subirá no palanque de Lula. Ainda se verá obrigado a dar apoio ao governador de São Paulo, João Dória, que é o pré-candidato à presidência da República pelo PSDB, escolhido pelo diretório nacional. Um cenário que nem Brandão e nem Dino querem.

Em outra ponta, Dino se contorce para conseguir fazer valer sua escolha pessoal e manter Brandão na pré-candidatura ao governo e como “consenso” da base governista. Ele já esteve com Lula, em Brasília, tentando, mais uma vez, conseguir o apoio do petista ao seu ungido.

Para além de todas essas decisões que podem vir a ser tomadas no partido, há ainda os prazos eleitorais. O Tribunal Superior Eleitoral estipula até dia 2 de abril para que sejam feitas desincompatibilizações, desfiliações e afins. Mas, na prática, os partidos devem estar resolvidos até março.

O futuro do PSDB depende do que Brandão vai decidir. Apesar de todas as pressões e especulações, ele ainda não se manifestou sobre se vai ou fica. Talvez a reunião do dia 31 deixe as coisas mais claras!

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