Secretário Jefferson Portela, em entrevista coletiva, falou sobre a operação

A cúpula da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão apresentou, em coletiva, balanço preliminar de uma operação policial realizada no começo da madrugada do dia (22) na zona rural de São Luís. A ação conseguiu desmontar um megaesquema criminoso especializado em contrabando de armas, munições, drogas, bebidas e cigarros.

De acordo com o secretário Portela, a zona rural de São Luís já era alvo de investigações sobre possíveis esquemas criminosos por se tratar de uma região estratégica. Foi nesse sentido que, durante uma operação da Polícia Militar realizada na noite da última quarta-feira (21) na comunidade Arraial, bairro do Quebra Pote, em São Luís, a guarnição abordou um veículo onde estava o delegado Thiago Bardal na companhia de um outro homem que seria seu advogado.

Após revistas no veículo e nada encontrado, o delegado informou que estava vindo de uma festa, mas, segundo a guarnição, depois mudou a versão, afirmando que procurava uma propriedade para compra. Posteriormente a dupla foi liberada.

Dando continuidade aos trabalhos, a guarnição seguiu até uma região chamada de Porto, mas foi justamente a caminho que a PM encontrou uma patrulha de militares dentro de um veículo descaraterizado, sendo estes abordados e presos. Após uma apuração, foi revelada a localização de uma propriedade particular (sítio).

Já no local, a polícia descobriu um megaesquema criminoso de contrabando de armas, munições, drogas, cigarros e bebidas alcoólicas. Ainda de acordo com secretário Jefferson Portela, os PMs presos eram responsáveis pela cobertura armada, o que configura um esquema de milícia. Foram presos o major Luciano Fábio Farias Rangel, o soldado Fernando Paiva Moraes Júnior, o 2º sargento Joaquim Pereira de Carvalho Filho, o ex-vice prefeito de São Mateus Rogério Sousa Garcia (responsável pelos trâmites do aluguel do sítio), José Carlos Gonçalves, Éder Carvalho Pereira, Edmilson Silva Macedo e Rodrigo Santana Mendes, estes últimos ficavam à frente do transporte do contrabando.

Durante a coletiva o secretário Jefferson Portela informou que, pela proporção do crime, estimasse que o esquema deva ter movimentado quase 2 milhões de reais em contrabandos e que esse lucro servia de fonte para manter a organização criminosa. Portela que acompanhou de perto a operação afirmou: “Estamos diante da segunda maior organização criminosa dos últimos 20 anos com atuação no Maranhão”.

O secretário ainda destacou que a operação continuará em andamento. Autos de flagrantes estão sendo executados, depoimentos estão levantados e perícias criminais estão sendo concluídas para serem inseridas nos inquéritos coordenados pela Superintendência Estadual de Combate à Corrupção (SECCOR).

Durante a coletiva, Jefferosn Portela anunciou a exoneração do delegado Thiago Bardal da Superintendência Estadual de Investigação Criminal (SEIC), alegando quebra de confiança por terem visto o mesmo nas imediações do flagrante.

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