Os três senadores do Maranhão votaram a favor do julgamento de Dilma…

Roberto Rocha: Senado está ainda julgando o mérito
Roberto Rocha: Senado está ainda julgando o mérito

O Senado aprovou por 59 votos a 21, na madrugada desta quarta-feira (10), após quase 15 horas de sessão, o relatório da Comissão Especial do Impeachment que recomenda que a presidente afastada Dilma Rousseff seja levada a julgamento pela Casa. Do Maranhão, os três senadores votaram  a favor do prosseguimento do processo.

Os senadores Roberto Rocha (PSB) e Edison Lobão (PMDB) já haviam aprovado o processo de impeachment desde a votação passada. A única exceção era o senador João Alberto (PMDB) que, desta vez, não contou os anos de favorecimento com o governo Dilma e e preferiu “transformar” Dilma em ré.

O senador Roberto Rocha (PSB-MA) disse que votou pela continuidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Roussef, pois o Senado está ainda julgando o mérito, que só pode acontecer após a leitura do libelo acusatório e sua respectiva defesa. “Meu voto, portanto, cumpre o papel, que não podemos nos furtar, de dar sequência ao processo que precisa chegar a termo, para o bem do país”, afirmou o senador.

Roberto Rocha fez questão de afirmar ainda que em homenagem ao princípio básico da isenção dos juízes, papel exercido pelos senadores nessa sessão, não vincula a decisão  ao voto que dará na sessão final de julgamento, prevista para acontecer possivelmente ainda em agosto.

Ré no processo de impeachment 

Com a votação, Dilma passa à condição de ré no processo, segundo informou a assessoria do Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento final da presidente afastada está previsto para o fim do mês no plenário do Senado.

Antes da votação do texto principal, os senadores já tinham rejeitado, também por 59 votos a 21, as chamadas “preliminares” que questionavam o mérito da denúncia contra Dilma. Depois do texto principal, houve a votação de três destaques (propostas de alteração do texto principal), apresentados por senadores defensores de Dilma com o objetivo de restringir os delitos atribuídos a ela. Todos os destaques foram rejeitados.
Embora estivesse presente ao plenário, o único dos 81 senadores que não votou foi o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele afirmou que tomou essa decisão para se manter isento. “Procurei conduzir com isenção. Desconstruir essa isenção agora não é coerente”, explicou.
Comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, a sessão teve início às 9h44 desta terça-feira (9) e terminou às 2h38 desta quarta (10).
A previsão inicial era a de que duraria pelo menos 20 horas e o relatório só fosse votado de madrugada. No entanto, a sessão foi encurtada depois de vários senadores inscritos, principalmente de PSDB e PMDB, abrirem mão dos dez minutos que cada um teria direito para discursar.

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