Polícia Federal e MP já investigam suposto esquema de cheques e empréstimos que teriam desviado mais de R$ 26 milhões da Câmara Municipal
Os vereadores Marquinhos (PRB) e Estevão Aragão (SDD) ameaçaram, na manhã desta segunda-feira (09), protocolar requerimento de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar um suposto esquema de agiotagem com envolvimento de parlamentares. O caso ou a “bomba” explodiu e pode resultar em prisões, perda de mandatos e desgastes imensuráveis ao parlamento.
Aos poucos, rompeu-se o silêncio em torno do suposto escândalo de agiotagem que teria envolvimento de pelo menos 14 vereadores da capital maranhense com desvios de R$ 26 milhões da Câmara Municipal de São Luís e que já vem sendo apurado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público há um mês. O esquema passaria por transações suspeitas de funcionários via banco Bradesco, instituição que mantém contrato financeiro com o parlamento.
Nesta segunda, os ânimos se acirraram no Palácio Pedro Neiva de Santana por conta também de um requerimento do vereador Marquinhos que pretende quebrar o contrato do parlamento com o Bradesco, alegando “transações suspeitas da instituição financeira e servidores da Câmara”. Mais uma vez, a proposição, que já estava em pauta desde a semana passada, não entrou em votação.
“Comissão branda”
Durante a sessão desta segunda, o presidente em exercício, vereador Astro de Ogum (PMN), tentou formalizar uma “comissão branda” para “acompanhar” o desenrolar do caso, mas recebeu críticas de vereadores como Bárbara Soeiro (PMN) e Estevão Aragão que defenderam uma investigação mais séria para o caso.
A “comissão branda”, denominada assim por setores da Imprensa, teria como integrantes os vereadores Rose Sales (PCdoB), Pavão Filho (PDT), José Joaquim (PSDB), Dr Damasceno (PSL) e Marlon Botão (PT).
Polícia Federal investiga o suposto esquema envolvendo a Câmara de São Luís
Em sigilo, a Polícia Federal investiga o suposto esquema de cheques e empréstimos que teria desviado mais de R$ 26 milhões da Câmara Municipal. Pelos bastidores da Casa, o tema é tratado com extrema ressalva há cerca de um mês e em um clima de muita tensão entre os vereadores.
Na semana passada, tanto o vereador Astro de Ogum quanto a direção do Bradesco procuraram setores da Imprensa para negar o suposto esquema. O vereador e a instituição financeira, por meio da assessoria de Imprensa, disseram desconhecer o envolvimento de parlamentares e funcionários no conjecturado escândalo. No entanto, as investigações da Polícia Federal e do MP prosseguem em absoluto sigilo.
Enquanto isso, também na semana passada, a gerente do Bradesco da Rua da Paz, Edilene Arruda Albuquerque, foi demitida, porém não existe a confirmação da participação dela no suposto esquema. Já a ex-gerente da Agência do Bradesco na Câmara, Raimunda Célia, foi indiciada em inquérito do Ministério Público e Polícia Federal por conta do caso.
O esquema funcionaria desta forma: a quantia seria desviada por meio de empréstimos consignados e os juros é que gerariam os lucros. A Câmara Municipal autorizaria os créditos em nome de vários funcionários da Casa de uma vez só, mas não faria o desconto nos contracheques. O apurado seria emprestado a terceiros, mediante o pagamento de juros de até 7%. Com o arrecadado, seria possível pagar tranquilamente as parcelas do empréstimo e o que sobraria seria dividido entre os participantes, numa espécie de pirâmide.
Pedido de CPI para investigar envolvimento de vereadores com agiotagem gera tensão na Câmara: Polícia Federal e… http://t.co/DB2viyddpG
Ameaça de CPI para investigar envolvimento de vereadores com agiotagem gera tensão na Câmara http://t.co/poxSOmAO9K via @sharethis
@SirlanaLima obrigada por tweetar, Sirlana
Quem tiver rabo d palha vai se queimar
É o que se espera, Jef. Porém, não se sabe se isso realmente acontecerá. Obrigada pelo seu comentário! Abraço!
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É o que se espera, Jef. Porém, não se sabe se isso realmente acontecerá. Obrigada pelo seu comentário! Abraço! http://blogdasilviatereza.com/?p=1465#comment-2039
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