Prefeitura de São Luís reforça controle de endemias na capital com ações de saúde preventiva

O reforço no trabalho dos agentes visa prevenir que algumas doenças, como a malária e a doença de chagas, por exemplo, voltem a acometer a população

Para reforçar o trabalho de combate a endemias como esquistossomose, leishmaniose visceral humana, malária e doenças de chagas, por exemplo, a Prefeitura de São Luís tem intensificado o trabalho de campo executado pelos agentes de endemias nos bairros da capital. Entre as ações estão a realização de visitas domiciliares, trabalho de recolhimento e identificação de insetos, realização de exames e acompanhamento de pessoas vulneráveis a estas doenças, bem como aparelhamento das equipes de saúde. A iniciativa integra as ações de saúde preventiva desenvolvidas no município por determinação do prefeito Edivaldo Holanda Júnior. A ação é coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus), por meio da Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Sanitária.

O reforço no trabalho dos agentes visa prevenir que algumas doenças, como a malária e a doença de chagas, por exemplo, voltem a acometer a população. Para reforçar este trabalho, a Prefeitura entregou Equipamento de Proteção Individual (EPI) para os agentes comunitários. O titular da Semus, Lula Fylho, destacou a importância dos paramentos entregues como reforço no combate de doenças que ainda afetam a população. “Além de garantir a realização de um trabalho de campo mais efetivo e eficiente para controle dessas doenças, como bem determina o prefeito Edivaldo, também proporcionamos aos nossos agentes de saúde mais segurança e melhor qualidade no exercício de suas funções”, afirmou Lula Fylho. Entre os materiais entregues estão máscaras e filtros de máscaras faciais inteiras, que promovem a segurança por completo evitando a aspiração de componentes químicos utilizados na eliminação dos insetos transmissores das doenças.

Segundo o coordenador municipal de Endemias, Raimundo Nonato Farias Rodrigues, há quatro anos não há um único registro de malária na capital maranhense, com transmissão do tipo autóctone, que é quando a contaminação se dá no próprio território. Para coibir a ação do inseto transmissor da malária, o trabalho se concentra principalmente na zona rural da cidade, com a realização de visitas domiciliares nas áreas consideradas focos da doença e coleta de sangue nos moradores para avaliar as localidades, descartar acometimento do problema e tomar providências de controle na região.

O reforço no trabalho dos agentes visa prevenir que algumas doenças, como a malária e a doença de chagas, por exemplo, voltem a acometer a população

“Fazemos isso porque, às vezes, a pessoa é portadora do protozoário que causa a malária, mas ainda não tem sintomas. Quando identificamos esses casos, fazemos a investigação entomológica e encaminhamos o paciente à unidade de saúde para realizar o tratamento. E o trabalho de campo com ações in loco e de conscientização junto à população acerca dos problemas também tem sido fundamental nesse processo”, observou Raimundo Farias.

Já a doenças de chagas não é registrada na capital desde a década de 80. Mesmo assim, o trabalho de controle e prevenção do problema integra a programação de ações da Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Sanitária. Para evitar a ocorrências de casos, é feito o trabalho de identificação do barbeiro, inseto transmissor da doença, nos locais de possível infestação, e a eliminação das colônias. “Quando encontramos o inseto, este é encaminhado à analise laboratorial para verificarmos se este está contaminado pelo protozoário Trypanosoma cruzi, causador da doença de chagas”, explica Raimundo Farias, acrescentando ainda que em mais de 95% dos casos analisados na capital não verifica-se a contaminação do inseto pelo protozoário.

O trabalho também tem sido executado de forma intensiva para impedir o avanço dos casos de outras endemias como a leishmaniose visceral e a esquistossomose humana. “Estamos fazendo trabalho de identificação de possíveis criadouros, que são os caramujos, para realizamos a captura e a realização dos exames laboratoriais para analisar a ocorrência de infecção nesses hospedeiros”, salientou o coordenador de endemias.

A esquistossomose humana, também conhecida como barriga d’água, é transmitida quando as pessoas entram em contato com água doce onde há caramujos infectados com as formas larvais de parasitas da espécie Schistosoma. Os vermes adultos microscópicos vivem nas veias de drenagem do trato urinário e dos intestinos, causando danos à saúde e, muitas vezes, levando a óbitos. A doença tem cura na fase inicial do problema.

A preocupação também se estende para prevenir o avanço de casos de leishmaniose visceral humana. Para coibir a ação do inseto vetor do transmissor da doença (que é transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto denominado flebotomíneo), são colocadas armadilhas próprias para captura, nas áreas mais suscetíveis. Tanto para a prevenção da malária, como a leishmaniose e a doenças de chagas, a Semus também realiza o trabalho de controle químico com o borrifamento espacial de inseticidas próprios.

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