Professores completam seis dias de greve; nova manifestação está prevista para segunda (25)

A greve geral dos professores da rede municipal de São Luís chegou ao sexto dia, neste sábado (23), sem que a categoria e a Prefeitura de São Luís entrassem em acordo. Durante os dias de movimentação, a classe tem se reunido no sindicato para deliberar atividades. Para segunda-feira (25) está previsto novo ato da categoria, no Sindicato dos Profissionais do Ensino Público de São Luís (Sindeducação) para debates, ao longo do dia. O sindicato também cumpre roteiro de mobilização dos professores, nas escolas que ainda não aderiram à greve.

O Sindeducação afirma que os professores da rede municipal de ensino estão há cinco anos sem aumento de salário. A categoria também pedem melhorias na estrutura das escolas.

A categoria pede a atualização do piso nacional de 33,24% para docentes do nível médio, e a repercussão em toda tabela salarial do magistério, com 36,56% de reajuste para todos os professores com nível superior. O reajuste de 33,24% foi aprovado pelo governo federal, no dia 4 de fevereiro deste ano, com isso, o piso passou de R$ 2.886 para R$ 3.845.

Negociação

O prefeito Eduardo Braide apresentou, em coletiva na noite de sexta-feira (22), um panorama da proposta feita à classe, de 10,06%, e que não foi aceita. Ele reforçou a necessidade de cumprir a atualização salarial, com foco nos professores que ganham abaixo do piso nacional, fixado em R$ 3.845, após a nova lei entrar em vigor.

“[…] O fato de dizer que o reajuste (salarial) não é linear quer dizer que a obrigação da lei é que o município cumpra (a nova lei do piso) em relação aos professores que ganhavam abaixo do piso, e não para toda a categoria […]’’, disse o prefeito. O posicionamento, segundo ele, é baseado em recomendação do Ministério Público do Estado do Maranhão (MP-MA).

Sobre orçamento, Braide disse que a orientação do Sindeducação para uso de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), recebidos pelo município, não é suficiente para incluir também os aposentados. Para complementar estes pagamentos, teria que ser utilizado recurso do Tesouro Municipal.

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