Protesto de entidades LGBTQIA+ cobra defesa da vida de trans e travestis no Maranhão

Entidades de defesa dos direitos da população LGBTQIA+ fizeram ato em defesa das vidas trans e travestis. O movimento foi em frente à Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa, órgão da Polícia Civil, na Beira Mar, nesta sexta-feira (28).

O grupo protestou contra o assassinato da travesti Paulinha, de 31 anos, que foi morta a pedradas e facadas, em praça da cidade de Timon, no fim de semana passado.

O que mais chocou foi a brutalidade do assassinato. A vítima foi encontrada parcialmente despida e com um pedaço de madeira dentro da boca. A travesti tinha ainda várias marcas de violência pelo corpo e a cabeça estava bastante machucada, segundo identificou a investigação policial.

“O movimento pediu paz para que esta população consiga conviver e viver em sociedade. Pedimos pelo direito à vida, saúde e educação. Nos unimos na busca de respostas a casos como o da Natasha, Lavínia e mais recente, a Paulinha, que foram brutalmente assassinadas. É preciso que se tenha mais amor com esta população”, enfatizou a representante do Conselho Estadual de Saúde, Gleice Salazar.

Na ocasião, foi entregue documento na superintendência, cobrando a solução dos casos e punição dos envolvidos. Solicitam ainda acesso a dados sobre violência contra os LGBTQIA+. “Os casos de assassinato na maioria das vezes não são resolvidos, pois não há uma lei que efetive essa condição e acreditamos que faltam esforços para isso”, apontou a conselheira.

Projeto de Lei

Para combater atos de violência deste tipo, Projeto de Lei do deputado estadual Adelmo Soares, em parceria com o Conselho Estadual de Saúde determina a notificação obrigatória de casos de violência contra a população LBGTQIA+, ocorridos em espaços públicos e privados. O projeto também torna facultativo o uso do nome social das pessoas trans e travestis. “É quando se começa a dar o direito à população LGBT de existir na nossa sociedade, tendo seu nome social”, frisa a conselheira Gleice Salazar.

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