Francimar Melo é o novo presidente do PT estadual. Tomou posse frisando que vai trabalhar pela união do partido, que se mostra claramente dividido.
A eleição do novo dirigente é fruto de um acordo que ainda causa impasse e tirou da cadeira o petista histórico, Augusto Lobato. Por outro lado, chama atenção a indefinição do partido sobre as eleições deste ano, que deve colocar o partido em vários palanques, caso não haja união.
Nacionalmente, a legenda estadual vai com o ex-presidente Lula da Silva; e, localmente, precisa decidir se sai com nome próprio para governo e senado, ou de fará mesmo alianças em torno de outras candidaturas. Aí que a situação aperta.
Se for com o senador Weverton Rocha (PDT), e com a posse do vice-governador Carlos Brandão, provavelmente, contará laços com o governo do Estado, já que ele não abre mão da disputa. Hoje, o partido possui vários cargos em secretarias.
Indo com Brandão, o partido mantém a proximidade com o governo, mas estará sujeito a criar embaraço no palanque de Lula no Maranhão, além de correr sérios riscos de sobrevivência, já que o senador Weverton lidera as pesquisas e pode sair vitorioso das urnas.
Enquanto Francimar Melo é mais ligado à corrente petista que apoia Weverton; Augusto Lobato, agora vice do partido, volta-se mais para o grupo dinista apoiador de Brandão. Além disso, ele mantém cargo alto no atual governo.
A força do partido se dará mesmo em torno do ex-presidente Lula, dada sua aceitação para estas eleições e fortes condições de vitória. Um cenário que traz otimismo e pode unir a legenda no estado, mesmo a divisão interna estando latente.
