Revista IstoÉ revela detalhes do rompimento do PT com Sarney

IstoÉ diz que Sarney foi isolado pelo PT
Em matéria intitulada “A batalha nordestina”, a revista IstoÉ Independente, deste final de semana, disse que o senador José Sarney foi “isolado” pelo Partido dos Trabalhadores, da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, por um “movimento chamado de traição cirúrgica”, referindo-se ao rompimento do PT com o grupo Sarney para apoiar o pré-candidato do PCdoB ao governo do Maranhão, Flávio Dino.

A matéria da IstoÉ relaciona o risco de permitir combustível à candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ao rompimento do PT com o grupo Sarney e revela que o senador maranhense também ameaçou aderir ao pessebista, além de redirecionar a bancada aliada do PMDB no Senado contra as iniciativas do governo Dilma Rousseff em represália.

Conta a IstoÉ que, quando soube do vazamento da informação dando conta do afastamento do PT, Sarney ligou, pessoalmente, a Lula para fazer as ameaças e o ex-presidente pediu para Dilma recuar. Mas a presidenta não teria desistido do apoio a Flávio Dino e, ainda na semana passada, trabalhava com a possibilidade de apoio à governadora Roseana Sarney apenas na disputa pelo Senado, porém, sem abrir mão de uma aliança com o comunista.

A revista sugere, no final da matéria, que a “batalha deve ganhar intensidade nas próximas semanas”.

Veja trecho da matéria de IstoÉ, intitulada A batalha nordestina”

“…Foi o risco de fornecer mais combustível para o PSB que levou o PT a rever uma das mais polêmicas alianças eleitorais de sua história recente. Num movimento já chamado de “traição cirúrgica”, o partido ensaiou uma ruptura no Maranhão, afastando-se do grupo político do ex-presidente José Sarney, para apoiar Flávio Dino, do PCdoB, na disputa pelo governo do estado.

Pré-candidato de Sarney, o atual secretário de Infraestrutura, Luís Fernando Silva, ainda não decolou, enquanto Flávio Dino lidera as pesquisas com tanta folga que sua popularidade subiu até nos protestos de junho.

Inconformado com o acordo, fechado em segredo, o veterano Sarney reagiu. Mobilizou seus aliados na cúpula do Senado, ameaçando bloquear toda a iniciativa do governo na casa onde usufrui de um ambiente muito mais amistoso do que na Câmara. 

Ameaçando uma adesão a Eduardo Campos, Sarney ligou para o próprio Lula, que, diante do risco, pediu para Dilma recuar. Num esforço para manter um palanque no Estado, a presidenta ainda trabalhava, na semana passada, com a alternativa de apoiar a candidatura de Roseana Sarney para o Senado, sem abrir mão da aliança com Dino.

O problema é que o candidato do PCdoB, que já é cortejado pelo PSB de Eduardo Campos, manda dizer que tem pressa. A batalha deve ganhar intensidade nas próximas semanas.”

Carta Capital  também explora rompimento entre PT e Sarney 

Veja notas publicadas em Carta Capital neste fim de semana:


Caruru Maranhense I
O discurso genérico de Marina Silva contra vícios da “Velha República” encaixa-se como uma luva em alguns estados brasileiros.
A situação no Maranhão continua sendo assim, após 50 anos de domínio do grupo de José Sarney.
Pesquisas em poder do governo indicam que a rejeição é grande e se espalha pelo País. Está em jogo um colégio eleitoral relevante, considerando as dificuldades da próxima eleição: são quase 5 milhões de eleitores.
Lula propôs romper o acordo estadual do PT e os Sarney.

Caruru Maranhense II
A nota dissonante na reunião com a presidenta Dilma, onde isso foi discutido, ficou por conta do presidente do partido, Rui Falcão.
Esse Falcão é diferente. Move-se com o temor e morosidade de gato.
Foi contra o rompimento porque disputa uma eleição interna e temeu perder os votos do PT do Maranhão que está pendurado no governo estadual.

Ou seja, no colo de Roseana Sarney.

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