O Sindicado dos Rodoviários emitiu um comunicado, na tarde desta quinta-feira (4), ameaçando voltar com a greve no transporte coletivo. O motivo é o não pagamento de salários que estavam atrasados. Em acordo feito na última semana, que pôs fim a 12 dias de paralisação dos ônibus da capital, ficou definido quitação desses débitos. O prazo é de até 72 horas – até quarta (10) – para o pagamento ou terá greve novamente.

Ocorre que os empresários conseguiram o subsídio que tanto exigiam para cobrir o que consideram prejuízos com a concessão do serviço de transporte público. São nada menos que R$ 12 milhões que vão sair dos cofres públicos. O prefeito de São Luís, Eduardo Braide, deve exigir do empresariado o cumprimento do acordo.

O sindicato da categoria está usando das armas que possui. Ao decretar uma greve, sabe que abalará todo um sistema e que as consequências vão pesar tanto para a classe política, quanto para a empresarial.

Enquanto isso a população, para variar, fica no fogo cruzado e, se realmente a ameaça de greve se concretizar, ficará também a ver navios, ou melhor, sem ver ônibus.

A íntegra do comunicado:

“Seis empresas de ônibus poderão ter atividades suspensas por descumprimento de acordo firmado na Prefeitura de São Luís
O Sindicato dos Rodoviários do Maranhão informa que, devido o descumprimento das cláusulas econômicas da Convenção Coletiva de Trabalho e também do acordo firmado entre a entidade e o sindicato patronal, SET, na prefeitura de São Luís, após 12 dias de greve geral na capital, seis empresas de ônibus poderão ter as atividades paralisadas a partir das primeiras horas da próxima quarta-feira (10). São elas:
> Autoviária Matos Ltda;
> Viação Abreu/Seta Transportes;
> Plarieta / São Benedito;
> Ratrans;
> Pelé / Patrol;
> Grupo 1001.
Ofícios já foram encaminhados para as determinadas empresas, para o SET e também, para os órgãos competentes, como Agência Estadual de Mobilidade Urbana (MOB) e Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes.
O Sindicato dos Rodoviários do Maranhão ressalta, que segue atento a toda esta situação e caso, até quarta-feira (10), as empresas cumprirem com o compromisso feito, perante o Prefeito de São Luís, Eduardo Braide, pagando os salários dos trabalhadores, a paralisação será suspensa, caso isso não aconteça, não restará outra alternativa que não seja, suspender as atividades nas seis empresas citadas.
Ascom Sind. Rodoviários – MA”

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