Roseana Sarney tem receios de entrar na disputa pelo governo por conta do cenário político que lhe é desfavorável

Blogs e imprensa de um modo geral repercutiram uma entrevista da ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), em relação à disputa pelo governo do Estado, no próximo ano, onde ela diz que “não tem vontade de concorrer”, mas, se for provocada, poderá vir a ser. Na verdade, o medo, a insegurança e a falta do governo em suas mãos rondam as pretensões da peemedebista em relação a 2018.

A ex-governadora já disputou quatro eleições ao governo. Em 2006, perdeu uma para o pedetista Jackson Lago, apoiado pelo então governador José Reinaldo, que tinha sido vice da peemedebista e se elegeu em 2002, após ela renunciar para concorrer ao Senado. Como se pode observar, Roseana venceu todos os embates nas urnas quando ela ou seu grupo estavam no poder.

O quadro político hoje é muito diferente dos que tiveram Roseana Sarney como vencedora das disputas. Sem o poder do Palácio dos Leões e como ré em um processo que a coloca dentro de um esquema que causou rombo fiscal de mais de R$ 1 bilhão ao Estado, isso sem falar de outras broncas, que a desgastaram muito, a ex-governadora teria, na verdade, medo de entrar numa disputa com chances reais de derrota em um cenário em que sua popularidade caiu muito.

E a afirmação de que “não tem vontade de concorrer” é blefe. Na verdade, a vontade é muita. Mas a vaidade e, justamente, o medo de perder deixam Roseana Sarney sem coragem de se anunciar, com segurança, para a disputa que se avizinha, isso tudo somado à falta de apoios políticos para tal e à boa articulação que faz o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), em seu terceiro ano de governo, sem denúncias ou acusações relevantes que abalem o seu potencial.

Mas, uma coisa é certa. Morando em Brasília, atualmente, e para não ficar sem mandato e mais fragilizada com os processos que enfrenta na Justiça, a ex-governadora Roseana Sarney deve mesmo é disputar uma vaga para a Câmara Federal. Ainda há muita água para rolar, mas vamos aguardar.

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