São Luís entra no oitavo dia sem transporte público

No oitavo dia da greve dos coletivos, a população vai se virando como pode. As paradas de ônibus têm sido ocupadas pelo transporte alternativo, que lucra com a paralisação. E o trabalhador, para não perder seu emprego, está pagando mais caro pelo deslocamento.
Apesar do alento de ter como se locomover, a problemática do bom e velho transporte coletivo é a mesma. As vans chegam lotadas. Sendo veículos menores e dada a altíssima demanda, os alternativos não estão conseguindo abarcar e garantir um serviço melhor.
Transportes de aplicativos também vêm sendo utilizados pela população, mas são ainda bem mais caros que as vans e tudo saindo do próprio bolso. As empresas não querem saber se está tendo greve de ônibus, querem ver o funcionário no posto e no horário de contrato.
A greve tem provocado um grande transtorno para o já tão calejado trabalhador. De sobra, uma conta que não fechará no final do mês por conta do gasto maior para se deslocar.
Na contramão, empresários só reclamam de perdas e prejuízos, que, segundo ele, passam dos seis dígitos, mas não largam o osso. Hoje (28), as duas categorias devem reunir, novamente, com o prefeito Eduardo Braide para apresentação do auxílio emergencial ao setor.
Uma nova conversa, após dois dias sem qualquer movimento para negociação, mas que pode ser decisiva para o fim da greve.
Não se sabe o que de fato será apresentado pelo prefeito, nesse encontro, mas, ao que parece, não deve agradar a gregos e troianos. Os rodoviários querem uma série de direitos trabalhistas, que, além do aumento dos salários, inclui ainda concessão de ticket alimentação, plano de saúde com dependente e carga horária de seis horas. Ou seja, um pacote que, talvez o auxílio oferecido por Braide não possa alcançar.

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