Se Deus é brasileiro, o papa é argentino…

Ao assumir o papado, o argentino Jorge Mário Bergoglio adotou um nome jamais utilizado por outro pontífice: Francisco. Trata-se de uma homenagem a dois santos da Igreja Católica: Francisco de Assis, o protetor dos pobres; e Francisco Xavier, principal missionário cristão no Oriente.

O melhor de tudo é que o novo papa é  franciscano. Franciscano, sim, e isso é muito significante. Quer dizer veste as sandálias da humildade, da simplicidade, está ao lado dos mais pobres. Bergoglio é desprovido. Andava de ônibus, fazia a própria comida…Francisco de Assis, para mim, é um dos santos mais santos da igreja. 

Como católica militante da Renovação Carismática, quero expressar aqui a minha alegria de ter um papa, pela primeira vez, latino-americano e, sobretudo, franciscano. Argentino, sim. Não é brasileiro, mas é latino-americano. Viva! Glória! Aleluia!

Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, é filho de italianos e passou a maior parte da vida pastoral na Argentina. Gosta de tango e de futebol, e é torcedor e sócio do time argentino San Lorenzo.

Sandálias da humildade – É reconhecidamente um homem humilde, vive sem ostentação. Tem o hábito de andar de transporte público e de cozinhar. Bergoglio sempre teve uma vida franciscana. A mãe ficou paralítica no quinto parto, por isso ele teve que aprender a cozinhar quando ainda era criança.

Aos 13 anos de idade começou a trabalhar em uma fábrica de meias, como faxineiro. E Bergoglio nunca perdeu o contato com a pobreza. Na adolescência, teve que tirar um dos pulmões por causa de uma infecção.

Tornou-se cardeal em 2001. Quatro anos depois, participou do conclave que elegeu Bento XVI. Embora o resultado das votações seja secreto, vaticanistas respeitados dizem que Bergoglio foi o segundo candidato mais votado em 2005.

Doutrinário – Pelo aspecto doutrinário, o novo Papa é parecido com Bento XVI. É contra a união de pessoas do mesmo sexo, o uso de anticoncepcionais, a ampliação de possibilidades legais para o aborto e a ordenação de mulheres. Por outro lado, tem um perfil mais próximo dos fiéis, e acredita-se que seja mais favorável a reformas na cúria romana.

Bergoglio concentrou ações na promoção social, se esforçou para restabelecer a reputação de uma igreja que perdeu muitos fiéis durante a ditadura argentina. Na época, os religiosos sofriam críticas por não desafiarem abertamente um regime que matou e torturou milhares.


Tornou-se uma voz respeitada, mas que não encontrou muita ressonância nos governos do casal Kirchner. A Argentina se tornou o primeiro país latino-americano a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Diferenças à parte, a presidente Cristina Kirchner parabenizou o novo Papa e desejou sorte a ele. E já avisou que pretende estar em Roma no dia da posse de Bergoglio.

Com informações do G1- Bom Dia, Brasil

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