SOBRE ALIANÇAS PARA 2014 – Flávio Dino diz que não é “coronel da política” para decidir tudo sozinho

Pré-candidato ao governo do Maranhão pelo PCdoB admite conversas com o PSDB do ex-prefeito João Castelo, mas diz que posições dos partidos aliados na chapa da oposição serão definidas em discussões e consenso

ASSISTA À ENTREVISTA

Em entrevista ao telejornal Guará News, da TV Guará  (canal 23),  na última sexta-feira (06), o pré-candidato ao governo do Maranhão, Flávio Dino,  reiterou que vem mantendo conversas com o PSDB e com lideranças tucanas, como o deputado federal Carlos Brandão e o ex-prefeito de São Luís, João Castelo, visando à disputa eleitoral de 2014, confirmando entrevista exclusiva concedida a este blog recentemente (recorde aqui).

Sobre as posições dos partidos aliados e que vieram formar aliança em 2014, Flávio Dino disse que tudo será decidido em consenso e com muita discussão até o dia 30 de junho, quando termina o prazo para se estabelecer coligações visando à sucessão estadual. O pré-candidato disse que há conversas com diversas lideranças, mas que não há nada ainda sacramentado.

Nada decidido

Afirmou que nem mesmo a candidatura dele está acertada, pois ainda é um pré-candidato, deixando claro que tudo está em aberto na proporcional e na majoritária.  Para bom entendedor, ele quis dizer que não há nada garantido a partido nenhum sobre questão de vice-governador na chapa da oposição e nem de senador, ou seja, não há acordos pré-estabelecidos no passado  que se sobreponham às novas alianças para a eleição de 2014.

“Não quero ser um novo coronel da política para decidir tudo sozinho. Nós queremos é acabar com o coronelismo”, frisou Flávio Dino ao defender que tudo deve ser direcionado em uma discussão ampla com todas as lideranças envolvidas no projeto de alternância de poder.

Abertura política 

O comunista citou o ícone mundial, Nelson Mandela, para defender que um processo de mudança se faz com “abertura política” e solidariedade ao se referir a aliados polêmicos como os do PSDB. “O ex-governador João Castelo é um grande líder político. A tarefa de transformar o Estado não pode pertencer a um único partido. Não podemos  ser donos desse processo sozinhos”, frisou

Flávio Dino ressaltou que o PSB, dirigido nacionalmente pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi uma grande força para a oposição na campanha de 2010 e por isso lhe é muito grato. Segundo ele, o partido indicou o vice-governador Roberto Rocha ao posto de candidato ao Senado, mas o grupo de partidos unidos pelo propósito de alternância de poder em 2014 é quem vai decidir sobre isso. “Defendemos uma atitude de diálogo”, disse o pré-candidato.

Sobre Edivaldo Jr

Durante a entrevista, respondendo à âncora Bianka Nogueira, Flávio Dino negou qualquer possibilidade de desentendimento entre ele e o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr, e disse que essa especulação em torno de uma suposta crise faz parte de uma “rede de intrigas”. Reiterou que tem amizade e apreço pelo jovem gestor da capital maranhense e que é leal ao aliado político. “Essa coisa de estar mudando de lado toda hora não é o caminho”, frisou.

O pré-candidato disse que Edivaldo Jr vai fazer um bom governo. Lembrou que ajudou a elegê-lo e que continua ajudando na administração. Adiantou que, nos próximos dias, o governo federal vai anunciar novos investimentos para a capital maranhense.

Governador indireto

Sobre a possibilidade do grupo Sarney forçar uma eleição indireta para governador do Maranhão, no ano que vem, com a intenção de emplacar, no governo, o pré-candidato e secretário Luís Fernando Silva para comandar o processo eleitoral no poder, Flávio Dino disse que esse é um assunto que diz respeito à Assembleia Legislativa do Maranhão, mas que a oposição já está se mexendo para evitar que haja um golpe.

Lembrou que, infelizmente, o Maranhão assistiu, recentemente, a um golpe com a eleição do vice-governador Washington Oliveira, justamente, como um dos passos  para colocar em prática essa  manobra política que visa criar um governador biônico para o Estado. “Vamos  pedir que se cumpra a lei. A eleição precisa ser autêntica e tem que se dar em igualdade de condições”, defendeu.

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