Surtos de Covid e gripe causam caos no atendimento dos hospitais particulares em São Luís

 

Ambulatórios lotados, pacientes reclamando, bate-boca e atendimentos deficientes que não suportam a demanda. Esse tem sido o cenário caótico nos hospitais da rede particular de São Luís, devido ao avanço das síndromes gripais.

As unidades têm ficado com lotação muito acima da capacidade, o que se torna um risco de infecção e, ainda, causa aglomerações. Quem paga claro pelo plano de saúde ou consulta particular tem demonstrado muita insatisfação.

No hospital São Domingos, o tempo de espera por atendimento passa das quatro horas e algumas pessoas têm saído sem conseguir resolver seu problema. Um dos pacientes deixou a insatisfação registrada na rede social da instituição. A pessoa reclama que teria ficado “quase cinco horas sem atendimento” e foi embora sem tomar a medicação, pois os profissionais não conseguiram encontrar a veia para fazer a aplicação de tantas pessoas que tinham para atender.

“Situação degradante que eu passei ontem, nunca esquecerei. Eu passando mal na cadeira por horas, quase desmaiando. Falta de respeito”, diz a postagem.

Em nota, na própria página, o hospital São Domingos alerta para a alta demanda de atendimentos, neste período se surtos, e que, por isso, aumentou também o tempo de espera.

“As mudanças climáticas e início das chuvas em nossa cidade, além de outros fatores, têm aumentado o número de atendimentos a pessoas com doenças respiratórias na Emergência, de modo que estamos com o volume de atendimento superior ao habitual. Diante desse cenário, o tempo de espera para o atendimento na Emergência de sintomas gripais do Hospital São Domingos tem se estendido. Por isso, para melhor atender os nossos clientes, tomamos como medidas: aumentar o número de profissionais médicos, de enfermagem, recepção e de consultórios. Nesse momento, é prudente nos mantermos calmos e atentos às medidas de proteção, como uso de máscaras, enquanto aguarda o atendimento. Reforçamos nosso compromisso com o seu atendimento e contamos desde já, com a sua compreensão e colaboração para que possamos atendê-lo da melhor forma possível”, diz a nota.

Reclamação também quanto ao atendimento no hospital Centro Médico. A paciente, que pediu para não ser identificada, fala sobre mau tratamento de enfermeira com quem chega para ser atendido, denuncia o que classificou de “desorganização 24 horas” e falta de médicos especialistas no turno noturno. Pacientes chegaram a acionar a polícia na ocasião.

Nas redes da unidade hospitalar, segundo ela, não há comunicado relativo à demanda de atendimento.

A questão é que, com as chuvas e a oscilação do clima, mais casos de gripes têm surgido, somados aos diagnósticos de Covid-19, e lotado as unidades, que precisam se organizar para atender a todos.

Paralelamente, houve aumento dos casos de Covid-19 e, ainda que não necessitem internação, as pessoas têm recorrido aos hospitais para receber a devida orientação e garantir o atestado médico.

 

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