Maranhenses foram resgatados dos escombros |
A tragédia do desabamento de uma obra que culminou com a morte de nove operários maranhenses, na semana passada, no bairro São Mateus, zona leste de São Paulo, abre uma série de reflexões a cerca da falta de oportunidades de empregos e de ganhos salariais no Maranhão. Todos saíram de localidades muito pobres de municípios como Grajaú, Barra do Corda, Mirador, Imperatriz e Caxias para trabalhar com construção civil na capital paulista como mostrou, no último domingo (01), o Fantástico da TV Globo.
A realidade é que, enquanto o governo do Maranhão alardeia que criou 70 mil empregos é cada vez maior o número de maranhenses desempregados que partem para outros estados em busca de uma oportunidade de trabalho ou de uma melhor remuneração que não encontram no Estado.
E a pergunta que não quer calar é a seguinte: onde estão esses empregos, já que o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) dá conta que o Estado fez foi perder 14 mil vagas formais?
A lamentável tragédia do desabamento em São Paulo mostrou para o Maranhão e para todo o Brasil que se existissem mesmo tantos empregos no Maranhão, nossos irmãos maranhenses não teriam ido para um estado tão distante buscar emprego para o sustento da família.
Depois da tragédia, o governo distribuiu nota de pesar, divulgou que arcou com as despesas de velório e de enterro, mas não admitiu a culpa por não gerar oportunidades de emprego, aqui no Estado, suficientes para evitar que operários deixem suas cidades natais e suas famílias em busca da oportunidade de trabalho que não encontram no Maranhão. É muito lamentável!