“Vidas Profanas” estreia sexta-feira no Teatro Alcione Nazaré…

Estreia, nesta sexta-feira (04), no Teatro Alcione Nazaré, na Praia Grande, em São Luís, o espetáculo teatral “Vidas Profanas”. Haverá ainda uma segunda apresentação no dia 05 de agosto, sábado, ambas às 20h. Os ingressos serão dois quilos de alimentos não perecíveis e a troca acontecerá, nos dias dos eventos, a partir das 16h, no local.
O espetáculo teatral “Vidas Profanas” é baseado no livro (do mesmo nome), de autoria do escritor José Eulálio Figueiredo de Almeida, um registro cronológico da vida boêmia e dos costumes de uma parte do Centro Histórico da cidade de São Luís, a Zona do Baixo Meretrício – ZBM, localizada nas Rua da Palma e 28 de julho, em um período que vai dos anos 60 até a decadência da Zona, por volta dos anos 80 do século XX.
A peça teatral, que tem seu roteiro assinado pelos dramaturgos maranhenses Gracilene Pinto e José Eulálio Figueiredo de Almeida, tem como objetivo o resgate da memória de uma das mais importantes regiões da Capital Maranhense, tanto no aspecto histórico-cultural como no econômico-social, pelo que a chamada Zona do Baixo Meretrício representava no contexto artístico e turístico Ludovicense da época.
Entre outras coisas, relata histórias curiosas e intrigantes sobre as aventuras e desventuras das mulheres que outrora vivenciaram a ZBM para saciar a ganância financeira das madames (cafetinas) que as exploravam sexualmente e de inúmeros homens de todas as profissões e classes sociais, que para aquele único local de diversão, em nossa cidade, acorriam todas as noites em busca de encontros e prazeres libidinosos.
Um dos objetivos do autor do livro é contar essa história para difundir a realidade desconhecida das gerações passantes e futuras, assim como estimular o poder público a revitalizar o combalido casario que serviu de cenário para o meretrício em nossa cidade, além de movimentar uma extensa rede de pesquisa no campo econômico, artístico, universitário, político, jornalístico, sociológico, antropológico, etc.
Tudo isso se passou num período em que a ZBM, não obstante ter sido um ambiente de prostituição, foi palco de grande movimentação de recursos financeiros provenientes da receita de estrangeiros e de nacionais que para ali se deslocavam em busca de diversão custeada com dinheiro vivo, mediante a lascívia de uns e o proxenetismo de outros.
Essa circunstância movimentava sobremaneira a economia da bucólica e romântica São Luís de antanho, posto que os navios que singravam nossos mares ancoravam na rampa Campos Melo, antes que o Porto do Itaqui decretasse a decadência desse importante ponto de chegada e de partida em nossa cidade.
Deve ser enfatizado também a importância do valoroso trabalho do autor na contribuição para o resgate da história atemporal da cidade de São Luís, bem como para o desenvolvimento da cultura e das artes cênicas em nosso Estado, a exemplo do que o governo da Bahia tem feito com as obras de autores que se ocupam em escrever sobre a rica, vasta e diversificada história da referida unidade federativa.

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