Viradouro vence carnaval do Rio de Janeiro; Águia de Ouro em São Paulo

Os enredos vencedores exaltaram o saber e a força da mulher negra

A resistência da cultura popular mostrou força nos desfiles de Carnaval nas cidades de São Paulo e no Rio de Janeiro. Os enredos vencedores exaltaram o saber e a força da mulher negra, são lembretes de que a resistência em tempos difíceis se faz necessária.

Em São Paulo, a Águia de Ouro ganhou seu primeiro título no Grupo Especial com o enredo “O Poder do Saber – Se Saber é poder… Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

“O saber que liberta e transforma Abre portas, desata nós e amplia horizontes. Projeta o amanhã, transformando aprendizes em mestres, educando e dando sentido a um mundo novo”, diz a escola na apresentação de seu enredo.

O educador Paulo Freire foi uma das principais referências para a formulação do samba da escola. Tanto que, em um dos carros alegóricos, foi possível ver a frase “Não se pode falar de educação sem amor. Viva Paulo Freire!”. Um recado claro sobre a importância da educação para a formação de uma sociedade saudável, principalmente em um país cujo presidente o elegeu como um de seus principais inimigos – lembrando que Jair Bolsonaro chegou a chamar Paulo Freire de “energúmeno”. O que não deixa de ser irônico.

No Rio de Janeiro, uma apuração disputadíssima deu o segundo título para a Unidos do Viradouro depois de mais de 20 anos. A escola de Niterói homenageou o grupo musical baiano As Ganhadeiras de Itapuã, apresentando a história, cultura e tradição nascida dos cantos, danças e crenças das lavadeiras do litoral da Bahia.

O desfile da Viradouro destacou a força do trabalho e a importância ancestral da mulher negra.

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